Santa Catarina vive um momento de grande atenção em relação à capacidade do sistema hospitalar, especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, nesta terça-feira (26), revelam que a ocupação dos leitos de UTI adulto chegou a 94,8%, o que representa um cenário de alerta em todo o estado.
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Atualmente, o estado possui 983 leitos de UTI adultos ativos, dos quais 932 estão ocupados. Já nas UTIs neonatais, o quadro também é preocupante: 288 leitos estão disponíveis, porém apenas 64 seguem vagos, representando uma ocupação de 77,8%.
A situação é ainda mais grave em algumas regiões. No Norte catarinense, onde está localizado o município de Joinville, a taxa de ocupação alcançou 96,3%.
Outras regiões também apresentam índices elevados, como o Meio-Oeste (93,6%) e o Vale do Itajaí (90,9%).
No final da terça-feira, a Serra Catarinense e a Foz do Rio Itajaí registraram 100% de lotação, de acordo com os dados do Cieges.
Nas UTIs neonatais, a Foz do Rio Itajaí e o Oeste catarinense já operam com 100% de ocupação, sem nenhum leito disponível.
O Vale do Itajaí também apresenta alta taxa, com 89,1% de leitos de UTI ocupados. Em contraste, regiões como o Sul do estado apresentam menor pressão, com 57,4% de ocupação.
Segundo a Secretaria de Saúde, o aumento é reflexo da sazonalidade e do avanço dos casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG).
Para aliviar a pressão, o governo estadual autorizou a abertura de 59 leitos emergenciais destinados especificamente ao atendimento de pacientes com SRAG.
Apesar dos números altos, o governo tranquiliza a população. “Não há risco de colapso, pois ainda existem cerca de 190 leitos disponíveis, somando UTIs neonatais e adultas”, afirma a secretaria. Além disso, existe a possibilidade de transferências entre regiões, caso a situação em alguma unidade hospitalar se agrave.