Santa Catarina enfrenta grave pressão nos leitos de UTI. Na tarde desta terça-feira (1º), o panorama era alarmante: 94,4% dos 978 leitos de UTI adultos estão ocupados, segundo dados do Ciege/SC.
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O motivo principal é o aumento expressivo das internações por doenças respiratórias, em especial a influenza.
O número de mortes subiu 132% em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
As regiões Oeste, Serra, Grande Florianópolis, Foz do Rio Itajaí, Planalto Norte e Nordeste apresentam ocupação superior a 95% em UTI adulto. Restam apenas 55 leitos disponíveis em todo o Estado.
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Já a UTI pediátrica está com 100% de ocupação no Oeste e na Serra, enquanto a Grande Florianópolis tem apenas dois leitos livres. As demais regiões registram índices abaixo de 75%.
Diante desse cenário crítico, o governo estadual anunciou a abertura de novos leitos. Entre as medidas, foram instalados 12 leitos de suporte ventilatório em Itajaí, 12 leitos adultos em Indaial, além de novos leitos em Timbó e Criciúma. A rede SUS soma 264 leitos de UTI desde 2023, com novas vagas previstas.
Em 12 de junho, a SES declarou situação de emergência em saúde pública para enfrentar a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), decorrente de influenza, covid-19 e outros vírus.
Conforme boletim da DIVE, até 21 de junho houve 1.426 casos e 172 mortes por SRAG por influenza, índice bem maior que os 1.013 casos e 72 mortes em 2024. A vacinação vacila, com apenas 11,5% da população imunizada até agora.

Apesar da queda nos casos por Covid‑19, registra-se redução de outras viroses respiratórias, como rinovírus. A SES reforça que o sistema hospitalar opera em rede: sem vagas numa UTI, a Regulação direciona pacientes a outras unidades, inclusive privadas.
No momento, há 126 leitos disponíveis — 56 adultos, 41 pediátricos e 29 neonatais — com taxa média de ocupação de 91,3%. As principais causas de internação são doenças respiratórias, cardiovasculares e AVCs.
Com o frio intenso, a SES orienta: vacine-se contra a gripe. A campanha já inclui toda a população, mas a cobertura no grupo prioritário alcança apenas 46,47%.