A vacinação contra a gripe é ampliada para todas as faixas etárias, com mais de seis meses de idade. A medida, informada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (1º), é para conter casos mais graves e internações pela doença.
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Em Santa Catarina, os grupos prioritários devem ser mantidos inicialmente. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) ainda vai analisar o excedente de doses e a situação epidemiológica do Estado, em conjunto com os municípios, e fará uma nova orientação. Ainda não há data para isso.
— A vacinação é essencial para proteger a saúde da população e evitar a propagação, especialmente durante as estações mais frias, quando a incidência da gripe tende a aumentar — afirmou a ministra Nísia Trindade, em nota.
Até 30 de abril, segundo o painel do Ministério da Saúde, Santa Catarina tinha vacinado 32,03% do público-alvo (gestantes, puérperas, idosos, crianças e povos indígenas), um total de 863 mil doses aplicadas. A população-alvo é de cerca de 3 milhões de pessoas. A campanha de vacinação começou em 25 de março.
Explosão de casos e emergência de saúde em SC
Na segunda-feira (29), o Estado decretou emergência em saúde pública por conta da situação da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O aumento do número de internações em decorrência da doença, que tem provocado superlotação nos centros de atendimento, motivou a decisão.
O decreto 574 declara a existência de “situação anormal” e prevê ações para fins de prevenção e enfrentamento da doença. Segundo a nota, indicadores apontam um aumento elevado no número de internações nos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e adulto por conta da SRAG.
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Esse tem sido um dos motivos para a superlotação das unidades de saúde, registrada recentemente em diferentes regiões de Santa Catarina, o que representa risco sanitário para a população.
O decreto autoriza que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) requisite bens e serviços de entidades privadas e edite normas complementares relacionadas à situação de emergência, regulando questões específicas de sua competência.
O documento entrou em vigor a partir da publicação e tem validade de 180 dias, período em que as ações devem ser implementadas e executadas.
Situação dos leitos de UTI
- Foz do Rio Itajaí: 100% ocupados
- Grande Florianópolis: 97,29% ocupados
- Sul: 78,89%
- Vale do Itajaí: 94,96% ocupados
- Meio Oeste e Serra Catarinense: 91,53%
- Planalto Norte e Nordeste: 99,29%
- Grande Oeste: 93,18%
O que é a Síndrome Respiratória Aguda Grave
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) abrange casos de síndrome gripal (SG) que se agravam e comprometem a função respiratória do paciente.
Na maioria dos casos, há necessidade de hospitalização. Vírus respiratórios, como os da gripe (Influenza A e B), Vírus Sincicial Respiratório, como o da Covid-19 (SARS-COV-2), bactérias, fungos e outros agentes podem causar a síndrome.
A Dive ainda diferencia os sintomas da Síndrome Gripal e da Síndrome Respiratória Aguda Grave.
- Síndrome Gripal (SG) – Indivíduo com quadro respiratório agudo, caracterizado por, pelo menos, dois dos seguintes sinais e sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos;
- Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – Indivíduo com SG que apresente: dispneia/desconforto respiratório ou pressão ou dor persistente no tórax ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto.