Uma noite de muito conhecimento e inovação na segunda edição do EngINOVA- Seminário de Engenharia e Inovação, uma promoção da Associação de Engenheiros e Agrônomos de Fraiburgo – Asseaf, com o patrocínio do CREA SC e Mutua. Nesta quarta-feira, dia 07 de agosto, a noite foi do painel: Preparação e Recuperação – Enfrentando eventos climáticos extremos.
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Participaram do painel Elói Ronnau da SmartcityTech; Guilheme Miranda, especialista em hidrologia pela Epagri e Carlos Eduardo Morelli Tucci, phd em Hidrologia. A mediação foi feita pelo presidente do Comitê do Rio do Peixe e vice-presidente da Asseaf, Maurício Perazzoli.
O painel teve início com a apresentação de Guilherme Miranda Junior, que falou da expertise, enquanto Epagri, no fornecimento de dados climáticos. O painelista enalteceu os impactos das mudanças climáticas nos recursos hídricos, com previsões futuras de casos intensos de chuva e estiagem.
Sobre as oportunidades para as engenharias e agronomia, Guilherme enalteceu a necessidade de trabalhos a fim de que sejam preservados os ecossistemas e a água em benefício das pessoas e natureza e também a garantia do suprimento da água para as atividades produtivas e para as necessidades básicas da população.
Na sequência o painel seguiu com as colocações do Ceo da Smartcity Tech, Eloi Ronnau, que falou sobre o uso do fiware para prevenção dos impactos desses eventos climáticos extremos, uma vez que a ferramenta tem condições de fornecer subsídios para desenvolver um plano de contingenciamento com uma estrutura abrangente, que garanta a comunicação eficaz, precisa e segura das informações, além de preparar a organização para responder adequadamente a situações de emergência.
Tragédia climática no Rio Grande do Sul também esteve na pauta
O maior evento em 125 anos de dados, a tragédia climática no Rio Grande do Sul, foi abordada pelo professor Carlos Alberto Tucci, que destacou que a ocorrência foi um misto de El Nino mais Oceano Atlântico quente mais bloqueio com sistema de alta pressão, fato que ocorreu de forma similar somente em 1941 e 1983, diferenciando da ocorrida em 1941, devido a curta duração e alta intensidade, de 15 dias, para 5 dias nesta deste ano.
A tragédia que gerou um impacto de 172 mortes e mais de 500 mil deslocados, além da distribuição de propriedades, culminou com a falha nos sistemas de proteção estruturais existentes: Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo falharam por projeto, manutenção ou por superação do nível de projeto.
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“Os prejuízos ocasionados pelos eventos climáticos extremos no Brasil são estimados em cerca de 70 bilhões, volume que se investido em ações de prevenção reduziriam drasticamente. Precisamos de investimentos estruturais, com obras como barragens, diques, canais, etc; e também ações não estruturais como trabalhos de zoneamento de inundação, previsão e alerta, programa de seguro, entre outros” afirmou Tucci evidenciando que os benefícios são maiores que os prejuízos.
EngINOVA 2024
O EngINOVA encerra nesta quinta-feira, dia 8, com a apresentação de dois cases de sucesso: Polpa Brasil com Sonia Lemos e Ramon Lacowicz e Estrutural Zortea com Eduardo Ernesto Zortea. Além da promoção da Asseaf e patrocínio do Crea SC e Mutua, o evento também conta com o apoio do IFC Fraiburgo, ACIAF Fraiburgo, Núcleo do Setor Imobiliario, Rádio Fraiburgo, Prefeitura Municipal, CDL, CINCATARINA, Uniarp Fraiburgo, Unoesc, Comitê do Rio do Peixe, OAB Fraiburgo, Unifique e RBV Rádios.