Videira promoveu nesta quinta-feira (20), feriado nacional do Dia da Consciência Negra, o primeiro evento a céu aberto dedicado à data, no Parque Rio do Peixe. A iniciativa reuniu moradores, estudantes e representantes de diversas culturas, idealizada pelos professores Douglas, Henrique e Beatriz, com apoio da fotógrafa Juliana.
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O encontro contou com apresentações artísticas, rodas de conversa e debates sobre identidade, ancestralidade e combate ao preconceito. O público, que aproveitou o dia ensolarado na praça, foi surpreendido por uma programação cultural que visa se consolidar no município.
“O objetivo é mostrar que Videira é diversa e que todos têm importância na sociedade”, destacou Douglas Henrique Pereira, um dos idealizadores do evento.
O professor Adriano Lima, especialista em culturas afrodescendentes, ressaltou a relevância histórica da data.
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“O Dia da Consciência Negra já foi reivindicado pelo movimento negro há mais de quatro décadas. Hoje, em Videira, celebramos a cultura negra na religiosidade, consciência política e ancestralidade”, afirmou.
O evento também contou com a participação de imigrantes, como Benvindo dos Santos, natural de Angola, que falou sobre racismo e adaptação cultural no Brasil.
“A existência de um feriado dedicado à Consciência Negra é fundamental para refletirmos sobre história e cultura”, disse.
A capoeira marcou presença, representando a nova geração, com João Victor Santos, de 17 anos, reforçando a importância de preservar a ancestralidade e transmitir valores culturais às futuras gerações.
Embora originalmente colonizada por alemães e italianos, Videira possui atualmente um cenário multicultural, com cerca de 26% da população se declarando preta ou parda, segundo o IBGE.
O evento buscou criar um coletivo permanente para promover diversidade, educação e combate ao preconceito no município.
O movimento agora planeja implementar projetos culturais e educacionais contínuos, começando pelas escolas, reforçando que o Dia da Consciência Negra deve ser lembrado diariamente.

