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Aranhas e lagartas lideram acidentes com animais peçonhentos

Acidentes com animais peçonhentos representam uma preocupação crescente. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina apontou para 5.823 atendimentos de casos de ataque por cobras, aranhas e outros somente em 2023. Aranhas e lagartas lideram acidentes com animais peçonhentos.

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Entre os mais recentes, mesmo que sem vítimas, uma cobra coral verdadeira, a serpente mais venenosa do Brasil, foi encontrada nas dependências de uma escola em Timbó, no Vale do Itajaí, em junho.

De acordo com o relatório, aranhas e lagartas foram responsáveis por 73% dos casos de acidentes com animais peçonhentos, especialmente a aranha armadeira (Phoneutria spp.) e a aranha marrom (Loxosceles spp.), que lideraram o número de ocorrências, representando 53% dos casos.

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As lagartas, segundo o estudo, representaram 20% dos atendimentos no ano passado. Serpentes, escorpiões, abelhas e formigas completam a lista, com 9%, 8% e 4%, respectivamente.

Acidentes com animais peçonhentos em SC

A razão para a alta incidência desses acidentes está relacionada à distribuição geográfica dessas espécies, comuns em Santa Catarina, conforme apontou o estudo.

Vale lembrar que a prevenção de acidentes envolve desde o uso de vestimentas adequadas, como botas de borracha e luvas, até mudanças nas residências, como a colocação de telas nas janelas e vedação de rachaduras nas paredes.

Quando um acidente com animal peçonhento ocorre, é crucial seguir algumas recomendações. O centro aconselha, inclusive, a identificação do animal, lavagem do local da picada com água e sabão, e o transporte rápido para um serviço de saúde.

Medidas populares, como amarrar o membro afetado ou chupar o local da picada, não são indicadas, pois podem agravar a situação.

347 mil atendimentos

Com 40 anos de atuação, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina contabilizou 347 mil atendimentos, com um aumento de 26% em 2023 em comparação ao ano de 2022. A maior parte dos casos foi classificada como leve, mas houve também ocorrências moderadas, graves e fatais.

Dos 25.567 casos humanos atendidos no último ano, 78 resultaram em óbito, destacando a importância de medidas preventivas e de uma resposta rápida e adequada aos acidentes.

O trabalho do Centro é apoiado por profissionais e estagiários da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), para o tratamento e prevenção de acidentes com animais peçonhentos em Santa Catarina.

Segundo a professora Camila Marchioni, do Departamento de Patologia do Centro de Ciências da Saúde da universidade, em caso de acidentes com animais peçonhentos, qualquer pessoa pode entrar em contato com o Centro de Assistência Toxicológica de Santa Catarina para receber orientações através do 0800-643-5252, disponível 24h para a população.

“Além disso, o serviço contribui para a divulgação de informações de confiança ajudando a prevenir acidentes, além de ser um serviço acessível para toda a população catarinense evitando idas desnecessárias ao serviço de saúde presencial”, afirmou a docente.

Silvia Helena Zatta

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