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Com oito crimes por hora, SC tem maior taxa de golpes virtuais do país

Com oito crimes por hora, SC tem maior taxa de golpes virtuais do país

Foto: Divulgação

Santa Catarina apareceu em destaque no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 ao liderar, com folga, os registros de estelionato virtual no país. Segundo o levantamento, o estado concentrou 25,9% de todos os casos do Brasil, totalizando 72.834 ocorrências, de um total nacional de 281.206 registros.

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Essa explosão nos crimes digitais, reflete a crescente migração de criminosos do ambiente físico para o digital. Conforme reforça o relatório, qualquer pessoa conectada está sujeita a essas armadilhas.

Dentre os principais crimes estão

Santa Catarina está entre os estados com os melhores indicadores sociais e alto PIB per capita, o que normalmente se traduz em maior penetração digital e uso de serviços online. Quanto mais pessoas conectadas, mais oportunidades para golpe”, explica Carlos Roberto Moratelli, professor da UFSC e especialista em segurança de dados.

Além do maior número absoluto de ocorrências, o estado também apresenta a maior taxa proporcional de estelionato digital do país: 903,8 casos por 100 mil habitantes — número quatro vezes superior à média nacional de 200,6.

Segundo Moratelli, isso também se deve à alta conectividade e à efetiva estrutura digital do estado. O IBGE apontou que 96,5% dos lares catarinenses usam internet e 97,7% da população vive conectada, o que reforça tanto o potencial para golpes quanto a capacidade de mapeamento dos crimes.

“Órgãos como Procon e Polícia Civil têm intensificado campanhas de alerta sobre golpes, de bilhetes premiados falsos a cobranças indevidas, o que pode fazer com que mais pessoas denunciem, elevando as estatísticas”, acrescenta Moratelli.

De acordo com o levantamento, Santa Catarina registrou em média oito crimes de estelionato virtual por hora em 2024. A Polícia Civil destaca que o ambiente online se tornou atrativo para os criminosos, por ser mais lucrativo e apresentar riscos menores de prisão.

“Há uma migração de criminosos do ambiente físico para o digital, motivada por uma percepção de maior lucratividade e menor risco”, aponta o relatório.

Para o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, os dados indicam uma mudança estrutural no crime patrimonial no país.

“Já são cinco anos de tendência, o que consolida um movimento que, por si só, justificaria a reflexão sobre a reorganização do sistema de segurança pública no país”.

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