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Dengue e Covid em alta desafiam sistema de saúde em SC

O Brasil vive uma explosão de casos de dengue e o aumento de infecções por Covid-19, e dengue e covid em alta desafiam sistema de saúde em SC.

Nesses momentos de alta de casos, o desafio sempre recai sobre a capacidade do sistema de saúde de oferecer atendimento a todas as pessoas que estiverem sintomáticas.

Por isso, médicos fazem alertas sobre onde procurar ajuda de forma a minimizar os impactos e reduzir o tempo de espera por atendimento.

O médico e superintendente estadual de Vigilância em Saúde, Fábio Gaudenzi, orienta que a assistência precisa ser compartilhada pelos diversos atores da rede, como postos e centros de saúde.

— Se o doente com quadros leves procura imediatamente um serviço hospitalar, aquele hospital vai ficar saturado e os casos graves que vão chegando acabam ficando dentro dessa fila. Por isso que é muito importante lembrar no quadro inicial tanto de dengue, covid, influenza ou diarreia, o importante é procurar a unidade básica de saúde, o Centro de Saúde local, para que lá seja feita essa primeira avaliação identificando algum sinal de gravidade — explica o médico.

— Como a dengue muitas vezes requer que o paciente fique em observação ou tenha uma internação hospitalar breve para receber hidratação endovenosa, pode-se esperar falta de leitos hospitalares em situações de surto da doença — alerta a médica infectologista, Carolina Ponzi.

Alerta do Estado

De acordo com Fábio Gaudenzi, o Estado tem atuado principalmente no combate à dengue. Segundo ele, uma das principais ações é a campanha de comunicação, que visa conscientizar a população dos cuidados necessários, como o uso de repelentes e evitar água parada.

— A mobilização da sociedade é o que vai promover o controle do Aedes Aegypti — salienta.

Além disso, é importante que as pessoas fiquem atentas aos sintomas. O estágio inicial de várias doenças é muito similar, principalmente dengue, Covid e gripe, além das doenças que estão circulando mais nesta época do ano.

— Então, nós precisamos estar mais alertas, por quê? Porque precisamos acompanhar a evolução, ou seja, a pessoa vai se monitorando e observando se ela tem sintomas que vão ser mais típicos da dengue, como a dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo, uma dor muito forte nas articulações ou se ela tem mais sintomas como a Covid-19, que vai ser mais caracterizado pelos sintomas respiratórios — ressalta Gaudenzi.

Como diferenciar os sintomas

Os sintomas como febre, dor de cabeça e mal-estar passaram a causar alarme, pois são comuns tanto nos casos de Covid-19 quanto de dengue, e geram muitas dúvidas.

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No atual cenário epidemiológico, é cada vez mais importante ficar atento aos sinais e sintomas que podem aparecer.

A infectologista Carolina Ponzi esclarece que ambas são doenças virais agudas, que provocam mal estar, dores pelo corpo e febre.

— Entretanto, a dengue apresenta febre alta, de início súbito. Além disso, a dengue causa muitas dores musculares difusas e dor de cabeça retro orbitária (atrás dos olhos). Ao contrário da Covid-19, a dengue não causa sintomas respiratórios (dor de garganta, obstrução nasal, coriza, espirros e tosse) — explica a especialista.

De acordo com a médica, em caso de algum sintoma compatível a essas doenças, o teste rápido para dengue (NS1) pode ser feito no primeiro dia do início dos sintomas. Já a sorologia deve ser solicitada a partir do sexto dia da doença.

Para o diagnóstico da Covid-19, o teste (pesquisa de antígeno ou exame de RT-PCR) pode ser feito a partir do primeiro dia da doença.

Cuidado reforçado com a automedicação

Por conta do sistema de saúde público e particular estarem sobrecarregados, o paciente acaba recorrendo a medicamentos por conta própria.

A infectologista alerta que a automedicação, apesar de ser vista como opção para o alívio imediato dos sintomas, deve ser evitada para que não haja consequências mais graves – sobretudo em casos de dengue.

— O uso de ácido acetilsalicílico e seus derivados (inclusive anti-inflamatórios) é absolutamente contraindicado em casos suspeitos ou confirmados de dengue. Por isso é importantíssimo que a conduta em quadros febris agudos seja sempre tomada por um médico, e não através do “autodiagnóstico” ou automedicação — reforça Ponzi.

Silvia Helena Zatta

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