A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, dia 9, uma nova etapa da Operação Sem Desconto, que apura um gigantesco esquema de fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), os agentes cumprem 66 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, no Distrito Federal e em mais seis estados brasileiros.
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As ordens judiciais foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e têm como foco aprofundar as investigações sobre descontos ilegais em benefícios previdenciários, especialmente aposentadorias e pensões.
Além de Santa Catarina, a operação ocorre também em São Paulo, Bahia, Pernambuco, Amazonas, Sergipe e Rio Grande do Norte.
De acordo com a PF, esta fase da operação busca esclarecer a inserção de dados falsos em sistemas oficiais, a formação de organização criminosa, além da ocultação de bens e prejuízo financeiro ao patrimônio de beneficiários.
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O esquema, revelado pela Polícia Federal em abril deste ano, causou um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões, com descontos indevidos registrados entre 2019 e 2024.
Na época, a gravidade da fraude levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, no dia 23 de abril. Poucos dias depois, em 2 de maio, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, também deixou o cargo.
Os principais alvos da investigação são entidades envolvidas com convênios e associações que aplicavam descontos automáticos nas folhas de pagamento de aposentados, muitas vezes sem consentimento.
Com a nova fase da operação, a PF pretende coletar mais provas, rastrear os fluxos financeiros e identificar todos os envolvidos no esquema.
O nome “Sem Desconto” faz referência direta à prática irregular de aplicar descontos em benefícios do INSS, o que afetou milhares de aposentados e pensionistas em todo o Brasil.
A ação demonstra o esforço conjunto entre os órgãos de controle para combater a corrupção, proteger os direitos dos segurados e garantir mais transparência nos sistemas previdenciários.






