A Amazônia está enfrentando a pior temporada de queimadas em 17 anos, com um recorde de 59 mil focos de incêndio desde janeiro. O número de queimadas é o maior desde 2008 e a fumaça gerada está se espalhando por todo o Brasil, afetando 10 estados, inclusive Santa Catarina.
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Os ventos, que normalmente trariam umidade da floresta, estão transportando a fumaça para o Sul do país.
A densa camada de fumaça está cobrindo o céu, tornando o ar difícil de respirar e escurecendo o céu.
A situação se agrava com a seca intensa que afeta mais de mil cidades brasileiras.
O Pantanal e a Bolívia também contribuem para o “corredor de fumaça” que atinge estados como:
- Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso
- Acre
- Rondônia
- Paraná
- Minas Gerais
- São Paulo
- Amazonas
A previsão é de que a situação piore com a chegada de uma frente fria prevista para esta quarta-feira (21), intensificando a poluição em São Paulo, Belo Horizonte e Paraná.
Especialistas apontam que o aumento dos incêndios é causado pela seca precoce, agravada pelo El Niño e pelo aquecimento global.
Embora o desmatamento tenha diminuído em 45% no último ano, as áreas desmatadas anteriormente continuam a ser afetadas pelo fogo, exacerbando o problema.
Como a seca no Amazonas interfere na estiagem
O fluxo atmosférico e as correntes de vento estão transportando a fumaça para longe da Amazônia.
Com a chegada da frente fria, o ar frio pode comprimir a fumaça, espalhando-a mais rapidamente pelo Centro-Sul do Brasil.
Mesmo com uma possível trégua após a passagem da frente fria, a fumaça pode retornar, dependendo das condições dos incêndios e do fluxo atmosférico.
Os especialistas alertam que o cenário pode se prolongar e que a trégua será temporária.
A verdadeira solução para o problema da fumaça é o controle efetivo dos incêndios e a chegada da estação chuvosa, prevista para o final de outubro.