Santa Catarina deve apresentar o maior aumento absoluto de população no Brasil até o ano de 2070, alcançando 10,4 milhões de habitantes. Essa projeção considera os dados atualizados do IBGE, que incorporaram o Censo de 2022.
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Atualmente, o estado ocupa a décima posição entre os mais populosos do país, mas essa posição pode subir para o sexto lugar em 45 anos.
Entre os estados da Região Sul, Santa Catarina deve ultrapassar o Rio Grande do Sul e se tornar o segundo mais populoso, já que o RS deve reduzir sua população para cerca de 9,4 milhões. O Paraná deve chegar a 11,4 milhões de habitantes no mesmo período.
A projeção indica um aumento populacional de 27,6%, o que corresponde a aproximadamente 2,3 milhões de novos moradores.
Nos últimos 25 anos, Santa Catarina cresceu 48,27%, saindo de 5,5 milhões em 2000 para 8,2 milhões em 2025.
Esse crescimento coloca o estado como o terceiro maior em aumento proporcional no Brasil, atrás apenas de Roraima (45,5%) e Mato Grosso (35,2%). Já o Rio Grande do Sul enfrenta uma redução estimada de 19% na população.
De forma geral, a maioria dos estados brasileiros deverá apresentar queda populacional até 2070, como São Paulo e Rio de Janeiro, que podem perder 5,4 milhões e 2,7 milhões de habitantes, respectivamente.
O Brasil deve ter uma população reduzida para cerca de 199,2 milhões até essa data. Essa queda está ligada à diminuição da taxa de fecundidade, que fará faltar aproximadamente 14,2 milhões de nascimentos em 45 anos.
O IBGE ainda aponta que o país começará a perder população por volta de 2042, mas Santa Catarina deve manter crescimento até 2064, quando a população começará a diminuir.
Um dos principais motivos do crescimento em Santa Catarina é a migração. Entre 2017 e 2022, cerca de 580,5 mil pessoas mudaram-se para o estado. No mesmo período, 149 mil habitantes saíram, resultando em um saldo migratório positivo de 354 mil pessoas — o maior do país.
A maior parte dos migrantes para Santa Catarina veio do Rio Grande do Sul (134,8 mil, 26,8%), seguido do Paraná (96,1 mil, 19,1%) e de São Paulo (62,4 mil, 12,4%).