Segundo o Observatório do Agro Catarinense, entre os dias 21 e 23 de agosto de 2025, a Região Sul do Brasil enfrentou um período marcado por intensa atividade elétrica. Nesse intervalo de três dias, os sistemas de monitoramento identificaram impressionantes 1.778.766 descargas elétricas, demonstrando a força das instabilidades climáticas que atingiram os estados do Sul.
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Do total, 254.139 raios foram do tipo nuvem-solo, ou seja, atingiram diretamente o solo. Já 1.524.637 descargas ocorreram entre nuvens.
Esse levantamento revela a dimensão da energia liberada nas tempestades que atingiram o Paraná, Santa Catarina e, principalmente, o Rio Grande do Sul.
O Rio Grande do Sul foi o estado mais atingido, concentrando 1.644.648 raios. Desse número, 232.786 atingiram o solo, enquanto 1.416.862 ocorreram entre nuvens.
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A combinação de instabilidades atmosféricas com o deslocamento de uma frente fria foi o principal fator que intensificou os temporais e fez do estado o epicentro da atividade elétrica no país.
No Paraná, os sensores registraram 109.914 descargas elétricas, sendo 17.972 do tipo nuvem-solo e 91.942 entre nuvens. As ocorrências se concentraram nas regiões norte e oeste, onde as chuvas foram mais intensas.
Santa Catarina teve 24.204 raios, sendo 3.402 do tipo nuvem-solo e 20.802 nuvem-nuvem. Embora em menor número, as descargas se espalharam por diferentes regiões, acompanhadas de chuvas fortes e rajadas de vento.
Segundo meteorologistas do Observatório do Agro Catarinense, a quantidade de raios registrada reforça a necessidade de alerta da população em períodos de instabilidade, especialmente com a aproximação de frentes frias e sistemas de baixa pressão.
As descargas elétricas representam riscos sérios, como queda de árvores, panes na rede elétrica, incêndios e, principalmente, ameaça direta à vida em ambientes abertos. Por isso, a recomendação é sempre procurar abrigo seguro durante tempestades.