No primeiro semestre de 2024 exportação de carnes de Santa Catarina alcança resultado histórico com alta de 3,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado. O estado exportou 939,4 mil toneladas de carnes entre frangos, suínos, perus, patos e marrecos, bovinos e outros. Em quantidade e receita, esse é o segundo melhor resultado da série história desde 1997.
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Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) e disponíveis no Observatório Agro Catarinense.
As exportações também apresentaram evolução no comparativo mensal, em junho deste ano Santa Catarina exportou 156 mil toneladas de carnes com alta de 2,8% em relação aos embarques de maio de 2024. Em receitas, o estado exportou US$ 317 milhões no mês de junho, alta de 2% em relação às de maio deste ano.
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Os resultados do semestre tiveram alta em termos de quantidade, mas redução quanto ao valor. No acumulado do 1º semestre, as receitas foram de US$ 1,89 bilhão, queda de 8% na comparação com os valores do mesmo período de 2023. A queda comparativa nas receitas deve-se à redução nas cotações das carnes no mercado internacional.
“O aumento das exportações demonstra o compromisso de Santa Catarina com a sanidade e a qualidade da proteína animal que exporta e que tem sido uma prioridade do governador Jorginho Mello. O comportamento do mercado internacional tem afetado as receitas, mas mesmo assim tem aumentado a quantidade exportada e expandido os mercados externos”, avalia o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.
Suínos
Santa Catarina foi responsável por 56,2% da quantidade e 58,1% das receitas das exportações brasileiras de carne suína, nos seis primeiros meses deste ano.
A maior alta do semestre foi das exportações da carne suína, que atingiram 331,3 mil toneladas, com aumento de 3,6% em relação aos embarques do primeiro semestre de 2023.
Neste mesmo parâmetro foi registrado aumento nos embarques para a maioria dos principais destinos, com destaque para Filipinas (altas de 54% em quantidade e de 37,2% em receitas), Japão (107,6% e 97,6%) e Coreia do Sul (231,3% e 156,7%). A China, por outro lado, registrou queda de 43,3% em quantidade.
Esses resultados são decorrentes da recuperação da suinocultura chinesa, após um longo período de impactos negativos de surtos de peste suína africana que atingiram o país a partir de 2018.
Com isso, a China perdeu a liderança do ranking das exportações catarinenses de carne suína. O principal destino, atualmente, são as Filipinas, correspondendo a 22,3% das exportações do estado.
Frangos
O estado respondeu por 22,3% da quantidade e por 23,5% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango nos seis primeiros meses deste ano.
No acumulado do período, as exportações de carne de frango atingiram 563,5 mil toneladas, alta de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
A maioria dos principais destinos apresentou variação positiva quando se considera os montantes acumulados no ano, com destaque para Japão (2,2% em relação ao mesmo período de 2023), Países Baixos (14,6%) e Emirados Árabes Unidos (18,4%).
A China, que foi o principal destino do frango catarinense no ano passado, registrou queda expressiva nas aquisições do produto neste ano: -30,0%.