Poucas plantas reúnem tantos benefícios e resistência quanto o ora-pro-nóbis, mas mesmo essa guerreira da horta pode emperrar. Quando as brotações não acontecem ou o crescimento estagna, é sinal de que algo no cultivo está fora do eixo. A boa notícia é que, com alguns ajustes simples, é possível destravar a planta e ver novas folhas surgindo com vigor. Neste artigo, vamos explorar os 3 erros mais comuns que travam a brotação do ora-pro-nóbis e, mais importante, como corrigi-los de maneira prática.
Falta de sol direto compromete a brotação do ora-pro-nóbis
Por mais que o ora-pro-nóbis seja considerado rústico, ele precisa de sol pleno para se desenvolver com força. Um dos erros mais recorrentes é cultivá-lo em locais com sombra parcial ou luz filtrada, acreditando que a planta se adapta bem a qualquer ambiente. Isso é verdade até certo ponto, mas a falta de sol direto afeta diretamente a produção de brotos.
A planta, ao perceber que está em um ambiente com pouca luz, entra em modo de economia de energia, priorizando a manutenção das folhas existentes em vez de emitir novas brotações. Em alguns casos, ela até perde folhas em vez de ganhar novas.
Como corrigir:
Transfira o ora-pro-nóbis para um local onde ele receba pelo menos 5 a 6 horas de sol direto por dia. Se estiver em vaso, posicione-o em varandas ensolaradas ou quintais abertos. Em canteiros, prefira áreas sem sombreamento por construções ou árvores. Após alguns dias nesse novo ambiente, a planta tende a reagir bem e emitir brotos nas extremidades dos galhos.
Podas mal executadas bloqueiam o crescimento da ora-pro-nóbis
Outro erro que trava a brotação do ora-pro-nóbis está relacionado à poda. Ao contrário do que muitos pensam, essa planta precisa ser podada regularmente para estimular novos ramos. O problema é que, quando a poda é feita de forma errada — muito próxima da base, em época inadequada ou com cortes desnecessários —, ela responde com lentidão ou estagnação completa.
A poda malfeita interfere nos hormônios de crescimento da planta. Cortes drásticos ou em galhos muito jovens podem prejudicar a circulação de seiva e fazer com que o ora-pro-nóbis entre em um ciclo de recuperação antes de voltar a brotar.
Como corrigir:
Faça podas leves nos galhos mais altos e sempre com tesoura bem afiada e esterilizada. A melhor época para isso é no fim do verão ou início da primavera, quando a planta está em fase de crescimento ativo. Retire apenas as pontas de ramos lenhosos e galhos que estejam muito entrelaçados. Isso estimula a planta a direcionar energia para novas brotações laterais.
Falta de nutrientes no solo impede a emissão de brotos
Embora seja resistente, o ora-pro-nóbis não é imune à pobreza do solo. Um erro comum de quem cultiva essa planta é ignorar a necessidade de adubação. Sem nutrientes adequados, especialmente nitrogênio e potássio, a planta perde força para emitir novos ramos e acaba sobrevivendo com o mínimo possível.
Solos arenosos, esgotados ou que não recebem compostagem há meses tendem a manter o ora-pro-nóbis em modo de estagnação. Ele continua vivo, mas sem brotar, florescer ou se expandir.
Como corrigir:
Adube a planta com composto orgânico rico em nitrogênio, como húmus de minhoca ou esterco curtido de galinha. A cada 30 dias, complemente com farinha de osso ou torta de mamona para oferecer fósforo e potássio. Se a planta estiver em vaso, troque parte do substrato a cada 6 meses para manter a nutrição equilibrada. Uma boa dica é observar se o solo está muito compacto — nesse caso, revolva com cuidado para facilitar a penetração de nutrientes e água.
Pequenos ajustes fazem grande diferença para a ora-pro-nóbis
Quando o ora-pro-nóbis deixa de brotar, a maioria das causas está ligada ao ambiente e aos cuidados do dia a dia. Com luz solar adequada, podas bem conduzidas e adubação frequente, ele tende a responder rapidamente, lançando novos galhos que em poucos meses já podem ser colhidos. Vale lembrar que as brotações não são apenas um indicativo de saúde: elas são também o que garantem folhas mais tenras e nutritivas para o consumo.
A boa notícia é que, mesmo quando parece estagnado, o ora-pro-nóbis tem uma incrível capacidade de regeneração. Basta acertar a mão no manejo para vê-lo se transformar em uma cerca viva cheia de vida e sabor.
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