Um marlim-azul (Makaira nigricans), espécie considerada uma das maiores e mais imponentes da pesca oceânica, foi localizado morto na Praia Central de Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina. O peixe, de 3,3 metros de comprimento e cerca de 400 kg, chamou atenção pelo fato de ter o bico atravessado por um pneu.
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A equipe do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) foi acionada na quarta-feira (12) para remover o animal da faixa de areia e confirmou que se tratava de um marlim-azul. Conhecido pelo dorso azul-cobalto e pela mandíbula superior alongada em forma de lança, o peixe é famoso entre pescadores esportivos por sua velocidade e força.
Altamente migratório, o marlim-azul vive em áreas de águas limpas, quentes e profundas ao longo de toda a costa brasileira. Entretanto, sua população vem diminuindo de forma contínua no Atlântico, levando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) a classificá-lo como espécie “vulnerável”.
O que provocou a morte
Segundo o curador do museu, o pesquisador Jules Soto, a morte ocorreu devido à perfuração do bico no pneu. A estrutura do pneu, reforçada com malha de aço, prendeu-se aos dentículos do peixe, impossibilitando a retirada. Soto destaca que há registros de outros peixes que também morreram após perfurar objetos rígidos no ambiente marinho.
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Destino da carcaça
A carcaça do marlim-azul será preparada para integrar a ala “Poluição dos Mares”, recém-aberta no Museu Oceanográfico Univali. A exposição busca conscientizar o público sobre os impactos do descarte inadequado de resíduos nos oceanos e reforçar a urgência de medidas para combater a poluição marinha.
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