A defesa de Ednaldo Rodrigues, presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entrou nesta quinta-feira (16) com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a decisão do desembargador Gabriel Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que o destituiu do cargo. O pedido está vinculado à ação que questiona a validade de acordos firmados entre o Ministério Público e entidades esportivas.
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Além da anulação, a defesa solicitou que, caso o STF não acolha o pedido, seja respeitado o estatuto da CBF.
Esse estatuto determina que, em caso de vacância da presidência, o vice-presidente mais idoso deve assumir o comando da entidade. Nesse cenário, Hélio Menezes assumiria a presidência de forma interina.
O julgamento do caso está agendado para o dia 28 de maio, no STF. Nessa mesma ação, o Supremo havia decidido anteriormente pela recondução de Ednaldo à presidência da CBF em janeiro de 2024, por meio de liminar do ministro Gilmar Mendes.
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A defesa de Ednaldo também pediu urgência na notificação da decisão a Gabriel Zéfiro e solicitou que o TJRJ se abstenha de emitir novas decisões que interfiram na gestão da CBF enquanto a liminar estiver válida.
A crise começou após o desembargador Zéfiro anular o acordo que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo, alegando “incapacidade mental e possível falsificação da assinatura de um dos signatários”, referindo-se ao ex-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes: “Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela corte superior…””
Em resposta, o vice-presidente Fernando Sarney foi nomeado como interventor. Segundo ele, sua gestão será transitória. “Não vou mexer com isso, não. O futebol segue a sua vida. Sou apenas transitório”, afirmou à imprensa.
Sarney rompeu politicamente com Ednaldo e lidera o grupo opositor. Na semana passada, ao lado da deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ), ele ingressou com uma ação no STF apontando suposta falsificação da assinatura de Coronel Nunes no acordo firmado no início do ano.
Manifesto pedindo “renovação do futebol brasileiro”
Após a destituição, 19 federações estaduais assinaram um manifesto pedindo “renovação do futebol brasileiro”. Apesar de não citarem Ednaldo, a ausência de apoio ficou evidente. Importantes federações como São Paulo, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais não assinaram a carta.
Um dos signatários afirmou que “o candidato será definido dentro do grupo”, indicando articulações para formação de nova chapa.
Fernando Sarney, por sua vez, declarou que convocará novas eleições “o mais rápido possível”, como determina a decisão do TJRJ.
Enquanto isso, Ednaldo segue recorrendo às instâncias superiores para reassumir o cargo.
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