O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) divulgou, na última semana, o relatório mais recente sobre a balneabilidade das praias catarinenses. A análise revelou que, a dois meses do início do verão, 29,83% das praias em Santa Catarina estão impróprias para banho. Isso significa que aproximadamente uma a cada quatro praias apresenta riscos para os banhistas.
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O levantamento considerou 238 pontos analisados entre os dias 6 e 10 de outubro. Destes, 167 locais, ou 70,17%, estão próprios para banho, enquanto 71 permanecem impróprios.
Apesar da maior parte do litoral catarinense apresentar boas condições, alguns locais ainda enfrentam problemas causados por esgoto doméstico ou resíduos carregados pelas chuvas.
Na capital, Florianópolis, foram examinados 87 pontos de banho. Desses, 65 estão próprios, o que representa 74,71%. Os 25,29% restantes foram classificados como impróprios, seguindo os critérios da Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Esse relatório inaugura a nova temporada de monitoramento da balneabilidade em Santa Catarina, que ocorre semanalmente de outubro a março. Nos meses de outono e inverno, as análises são mensais, devido ao menor número de banhistas nas praias.
Municípios com pontos impróprios e variações na qualidade da água
As coletas foram feitas em 26 municípios, incluindo Balneário Camboriú, Bombinhas, Itajaí, Imbituba, Laguna, Palhoça e São Francisco do Sul. Houve avanços em alguns trechos, como em Florianópolis, onde dois pontos na Lagoa da Conceição voltaram a ser próprios.
Porém, também foram registrados novos casos de contaminação em Governador Celso Ramos, que apresentou seis pontos impróprios, e em Itapoá, com dois pontos problemáticos.
O relatório alerta que a qualidade da água pode piorar após chuvas intensas, que arrastam poluentes para o mar e lagoas. Por isso, o IMA recomenda evitar o banho nas 24 a 48 horas seguintes a temporais, especialmente perto de saídas de rios e galerias pluviais.
Como o IMA avalia a balneabilidade das praias
As análises utilizam o método fluorogênico para medir a quantidade de coliformes totais e Escherichia coli na água. Conforme a Resolução Conama nº 274/2000, um ponto é considerado “próprio” quando pelo menos 80% das amostras coletadas nas cinco semanas anteriores apresentam até 800 unidades de Escherichia coli por 100 mililitros.
Por outro lado, o ponto é “impróprio” quando mais de 20% das amostras ultrapassam esse limite, ou quando a última coleta registra mais de 2.000 unidades por 100 mililitros.
De outubro a março, o monitoramento ocorre semanalmente, com divulgação dos resultados às sextas-feiras. Entre abril e setembro, as coletas e os relatórios são mensais.
Os dados completos estão disponíveis no site do IMA, nas placas instaladas nas praias e no aplicativo CBMSC Cidadão, disponível para Android e iOS.