A história da ferrovia do Contestado é apresentada em novas obras, desenvolvidas pelo cineasta e jornalista Ernoy Mattiello. A minissérie documental “Linha da Memória” e o livro que conta a história de Zeca Vaccariano foram apresentados na noite da última sexta-feira, 10. O município de Pinheiro Preto, palco do primeiro assalto a um trem pagador que se tem história, recebeu o evento, que reuniu autoridades e população local.
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De acordo com Mattielo, as obras deverão estar disponíveis para acesso já nas próximas semanas. “Em breve, nós temos a expectativa de iniciarmos as exibições em todas as cidades em toda a região sul e sudeste do Brasil. A partir daí, também nas plataformas digitais e exebições nas TVs educativas de todo o Brasil”.
“Nós temos uma expectativa muito grande e esse projeto e cronograma vão até fevereiro para a gente chegar até todas essas cidades e conseguirmos conquistar todo esse público”
História da ferrovia do Contestado é apresentada em novas obras; acompanhe a reportagem
Linha da Memória conta com a direção de Júnior Padilha, que durante a coletiva de estreia afirmou que um dos principais pontos na produção foi a pandemia da Covid-19. “A gente enfrentou um grande desafio durante a produção, além dos desafios técnicos. […] Desenvolver ela na pandemia foi um desafio maior, porque muitos filhos não queriam que os seus pais participassem da obra por conta do próprio risco de contaminação”, explica.
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Padilha afirma que a ferrovia é a grande protagonista de toda a história e também da colonização do Oeste catarinense. Ele destaca que foi através dela que o desenvolvimento acabou chegando na maioria da região. Questionado se houve algum trecho que mais o marcou nessa produção, Padilha lembrou da fala de um ex-ferroviário.
“Teve um depoimento que me marcou muito de um ex-ferroviário, que ele falou assim: tudo o que a ferrovia trouxe, quando ela foi embora, ela levou junto”
Atualmente, a ferrovia é apenas um marco que rasga a região do Meio Oeste catarinense. O prefeito de Pinheiro Preto, Gilberto Chiarani, lembrou que a ferrovia, que já não escuta o apito do trem, atualmente tornou-se apenas um atrativo turístico. Porém, afirma que o município aguarda que, nos próximos anos, exista a expectativa de que sejam efetivados mais investimentos nos trilhos em toda a região.