Santa Catarina está passando por um momento crítico em seus hospitais, com 94,99% das vagas dos leitos de UTI do SUS ocupadas. A situação é grave em todas as regiões, conforme atualização realizada na segunda-feira (17).
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Nos Hospitais Salvatorianos Divino Salvador e Santa Maria, em Videira, as doenças respiratórias são responsáveis pela maioria das internações. Este hospitais atendem a região Meio-Oeste/Serra catarinense, onde a ocupação é de 97,35%, com apenas cinco leitos disponíveis. Alexandra Batistella Buss, responsável pelo setor epidemiológico dos hospitais, destaca que, dos 18 leitos de UTI disponíveis, oito estão reservados exclusivamente para pacientes com doenças respiratórias, como pneumonia e influenza.
Casos de influenza em adultos e bronquiolite em crianças menores de dois anos, que ainda não têm imunidade, são responsáveis pelo maior número de internamentos e especialmente preocupantes. A tendência é de que a situação piore nos próximos meses, com o aumento dos casos de doenças respiratórias. “Trabalhamos com a capacidade máxima do hospital, tanto no Pronto Socorro quanto nos setores de internação e UTI. A cada alta, um novo paciente já está esperando para ocupar o leito. Isso gera uma rotatividade intensa e constante,” acrescentou.
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Para a população, Alexandra recomenda buscar o hospital em casos de sintomas graves, como falta de ar iminente, dor no tórax, perda de consciência, ou febre alta persistente por mais de três dias. Para casos menos graves de síndromes respiratórias, as UPAs e unidades básicas de saúde estão prontas para atender.
Sobre outras doenças, Alexandra informou que, recentemente, houve três notificações de suspeita de leptospirose, mas duas já foram descartadas e uma ainda aguarda confirmação. Em relação à dengue, que causou grande preocupação no início e na metade do ano, atualmente não há pacientes internados em Videira. Todavia, outras regiões sofrem com a falta de leitos por conta do alto número de paciente com dengue.