A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) de São Miguel do Oeste confirmou um caso de raiva em bovino no município de Bandeirante, Extremo-Oeste do Estado. O resultado do exame saiu no dia 28 de maio e foi divulgado nesta quinta-feira (6).
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Diego Torres Severo, diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, explica que como em Santa Catarina é difícil de acontecer casos de raiva, os produtores não vacinam os animais.
Entretanto, em casos de confirmação da doença, a companhia divulga uma instrução normativa que não obriga, mas orienta a vacinação.
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E, a partir do momento que um caso é detectado, todos os produtores em um raio de um quilômetro precisam vacinar os animais.
Reunião com os produtores
Uma reunião com os produtores da área afetada juntamente com a Cidasc foi realizada na tarde desta quinta-feira (6). “A Cidasc orienta que os produtores não devem se alarmar. Em caso de suspeita ou identificação de abrigos de morcegos, como cavernas, grutas e árvores, os responsáveis devem ser comunicados”.
A suspeita é que um morcego tenha transmitido a doença para o bovino.
Sobre a raiva
A raiva é uma doença causada por um vírus e afeta todos os tipos de mamíferos, incluindo o ser humano. O doutor em biologia, Jackson Preuss, explica que a doença é muito grave.
Preuss ressalta que se a vacina contra a raiva não está em dia e uma pessoa contrair a doença, a taxa de letalidade é de 100%. “Uma doença muitíssimo grave que afeta o sistema nervoso e que é bem preocupante para mamíferos em geral, tanto selvagens quanto domésticos”, afirma.
A transmissão da raiva ocorre por meio da saliva do animal contaminado em contato com a corrente sanguínea através de uma mordida ou arranhadura.
O morcego e a doença
Ele explica que o morcego é um dos principais responsáveis pela transmissão da raiva, mas não é o único. “Então, qualquer animal contaminado que consiga morder e, através dessa saliva, chegar até a corrente sanguínea, é um possível transmissor da raiva”.
Os morcegos contaminados pela raiva ficam fracos e ficam no solo. “Então, geralmente, gatos e cachorros, quando vão pegar esses animais, acabam mordidos e também podem ser um transmissor para a raiva chegar mais rapidamente ao ser humano”.
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