Os municípios catarinenses de Frei Rogério e Curitibanos ocupam posições de destaque na agricultura estadual, sendo, respectivamente, o segundo e o terceiro maiores produtores de alho em Santa Catarina. Atentos a essa relevância, os escritórios locais da Epagri organizaram, no dia 14 de agosto, dois encontros técnicos para compartilhar os resultados mais recentes das pesquisas conduzidas pela Estação Experimental da Epagri em Caçador.
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Cerca de 37 participantes, entre agricultores e profissionais do setor, estiveram presentes nas reuniões. Ambas ocorreram em Frei Rogério.
Pela manhã, o encontro foi realizado na sede da Cooperativa Regional Agropecuária do Meio Oeste Catarinense (Copar), localizada na comunidade do Núcleo Tritícola. Já no período da tarde, a reunião aconteceu no salão da comunidade Núcleo Celso Ramos, com apoio do Grupo Alhos Alvorada.
Durante os eventos, o entomologista Juracy Caldeira Lins Junior, pesquisador da Epagri, tratou de temas essenciais para o dia a dia da lavoura. Ele destacou os riscos de misturas inadequadas na preparação de caldas para pulverização agrícola, além de enfatizar os cuidados no uso de defensivos.
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O pesquisador também apresentou estratégias alternativas para o manejo da mosca da raiz, uma praga que atinge culturas como alho e cebola, mas que ainda não possui produtos registrados para controle.
Já o especialista em fertilidade do solo, Leandro Hahn, repassou orientações práticas aos produtores sobre aspectos como espaçamento ideal, escolha do tamanho da semente, aplicação de herbicidas pré-emergentes, manejo da haste floral e o uso do adubo orgânico bokashi.
De acordo com a Epagri/Cepa, a safra catarinense de alho 2025/2026 tem previsão de alcançar 7.574 toneladas, o que representa um crescimento de 4,78% em relação à safra anterior, quando o Estado colheu 7.229 toneladas.
A microrregião de Curitibanos, onde se localizam os dois municípios, continua como a maior produtora de alho em Santa Catarina. O Boletim Agropecuário da Epagri classifica o estado atual das lavouras como bom, reflexo das condições climáticas favoráveis até o momento.
A extensionista da Epagri em Curitibanos, Juliana Golin Krammes, reforça a importância das capacitações.

Segundo ela, “as orientações passadas pela Epagri visam estratégias de manejo que tragam o maior retorno econômico da cultura aos agricultores, de forma que essa importante cultura se mantenha na região e fortalecendo a agricultura familiar”.
Além disso, a Epagri está engajada no processo de reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) para o Alho Roxo do Planalto Catarinense, na categoria Denominação de Origem (DO). Essa certificação valoriza o produto com base nas características únicas do solo, clima e saber-fazer local.
A Copar, com apoio da Epagri, Sebrae e UFSC, lidera a solicitação junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão responsável por conceder a IG.