A tecnologia no agronegócio tem se tornado um fator decisivo para aumentar a produtividade e a sustentabilidade no campo. Em Santa Catarina, a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural) vem investindo em ferramentas modernas voltadas à agricultura de precisão. Um dos principais exemplos é o projeto inovador “Pasto Remoto”, desenvolvido na Estação Experimental de Lages, que une sensoriamento remoto, ciência de dados e manejo inteligente de pastagens.
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O projeto utiliza imagens de drones e satélites para prever com precisão a altura e a biomassa das pastagens.
Com mais de 70% de confiabilidade, o método reduz a necessidade de visitas presenciais, otimiza o uso de mão de obra e representa um avanço relevante na gestão forrageira.
Entre agosto de 2023 e 2024, seis propriedades da Serra Catarinense foram monitoradas, abrangendo diferentes ciclos de crescimento das pastagens. Além dos ganhos operacionais, a tecnologia também promove impactos positivos no meio ambiente.
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A técnica permite um uso mais eficiente de recursos naturais e contribui para a redução das emissões de gases do efeito estufa, como o metano entérico, liberado por ruminantes.
A partir das imagens coletadas, os pesquisadores da Epagri criaram um banco de dados com índices de vegetação detalhados.
Com base nisso, está sendo desenvolvida uma plataforma web acessível, onde técnicos e produtores poderão visualizar dados em tempo real e tomar decisões assertivas sobre o manejo de pastagens. A iniciativa visa melhorar a eficiência zootécnica, aumentar a rentabilidade e facilitar a adoção de práticas sustentáveis.
Como reforçam os pesquisadores envolvidos:
“O manejo eficiente de pastagens é crucial para a sustentabilidade e rentabilidade da produção animal, e a disponibilização de ferramentas tecnológicas no campo, como o drone, representa um passo crucial na apropriação dos resultados do projeto pela sociedade, simplificando e otimizando o trabalho no campo. Assim, o projeto oferece subsídio para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para uma pecuária mais produtiva e ambientalmente responsável em Santa Catarina”.

A pesquisa da Epagri conta com o apoio da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de SC), em parceria com a Udesc e a Coopertropas. Integram o time de desenvolvimento os engenheiros agrônomos Tiago Baldissera e Cassiano Eduardo Pinto, a engenheira florestal Carla Luciane Lima, bolsista do CNPq, e o técnico agrônomo Pablo Zanella, da Coopertropas.
Com esse projeto, a Epagri reforça seu compromisso com a inovação no campo, oferecendo soluções tecnológicas que podem transformar a pecuária catarinense em um modelo de produção sustentável e eficiente.