Frio no Meio-Oeste de SC favorece safra de maçã para 2025 e 2026
Foto: Ernesto Júnior | RBV Rádios
A região Meio-Oeste de Santa Catarina segue como uma das principais produtoras de maçã no Brasil. Com a chegada das temperaturas mais baixas, produtores e especialistas estão otimistas para a formação da próxima safra de maçã, prevista para o final de 2025 e início de 2026.
Segundo o pesquisador Everlan Fagundes, o frio é essencial neste período, pois contribui diretamente para o desenvolvimento das gemas frutíferas e para a qualidade da produção.
“A cultura da maçã está se desenvolvendo muito bem este ano. A qualidade das gemas indica um ano promissor, e o frio vem para ajudar. Precisamos de muitas horas com temperaturas entre 0°C e 7,2°C para garantir uma brotação uniforme”
Apesar do bom desempenho até aqui, Fagundes alerta que o frio tem sido menos intenso do que o ideal. “A somatória de horas de frio está melhor do que no ano passado, mas ainda abaixo da média ideal. Esperamos que, daqui para frente, o frio seja mais constante e regular”, explica.
Enquanto isso, os produtores já iniciam os trabalhos de manejo, como a poda e a indução da queda de folhas, essenciais para preparar a planta para o período de repouso vegetativo.
Produtores esperam safra da maçã superior a 2024
No campo, o produtor Evandro Cordeiro relata que a última safra foi positiva, com 63 toneladas por hectare, e espera superar esse número no próximo ciclo.
“Tivemos uma fruta de ótima coloração e qualidade, com bons preços. Agora estamos na fase de indução da queda das folhas e amadurecimento das gemas, já pensando na próxima safra”
A expectativa é alcançar marcas ainda mais expressivas: entre 70 e 80 toneladas por hectare na variedade Fuji, e de 40 a 50 toneladas nas variedades Gala e outras.
Fraiburgo sediará evento sobre quebra de dormência
Como parte da preparação para o novo ciclo produtivo, o município de Fraiburgo, reconhecido como a “Terra da Maçã”, vai sediar no próximo mês a 4ª Reunião Técnica sobre Quebra de Dormência.
“Esse evento traz especialistas e é apoiado por instituições como o CREA, EPAGRI, SENAR e empresas do setor. A reunião é fundamental para orientar os produtores sobre o uso de técnicas que favoreçam a quebra de dormência e a brotação das plantas”