A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do seu Departamento de Defesa, alerta os apicultores e meliponicultores catarinenses sobre a notificação obrigatória da presença do Pequeno Besouro das Colmeias (PBC) – Aethina tumida. A medida é essencial para controlar e evitar a disseminação dessa praga, que pode causar graves prejuízos econômicos à atividade apícola e meliponícola no Estado.
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A notificação da presença do Pequeno Besouro das Colmeias é obrigatória, e qualquer pessoa, seja apicultor, meliponicultor ou cidadão, deve informar imediatamente à Cidasc caso suspeite ou observe a presença do inseto.
A preocupação aumentou após a confirmação oficial da praga no Mato Grosso, pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT), o que reforça a necessidade de monitoramento e prevenção em Santa Catarina.
O médico-veterinário da Cidasc e coordenador do Programa de Sanidade Apícola, Pedro Mansur Sesterhenn, explica que o Aethina tumida causa grandes perdas nas colmeias, principalmente na fase larval.
“Esse besouro possui um ciclo de vida longo e pode se propagar por meio do voo ou pelo transporte irregular de colmeias já infestadas. Contamos com o apoio dos apicultores, meliponicultores e da população para informar a presença ou a suspeita da praga à Cidasc”, reforça Sesterhenn.
Como funciona a notificação
Após a notificação, os profissionais do Serviço Veterinário Oficial (SVO) – em Santa Catarina é a Cidasc – realiza a inspeção, colhe amostras para posterior envio a um laboratório oficial de análises.
Todo o processo, desde a notificação até o envio das amostras, deve ocorrer em até 24 horas para garantir uma resposta ágil e eficaz.
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A celeridade no atendimento é fundamental para a identificação, controle e erradicação de possíveis focos, evitando a disseminação da praga no Estado.
Prevenção e controle
A Cidasc reforça que as orientações sobre prevenção e controle do Pequeno Besouro das Colmeias serão realizadas em apiários cadastrados. De acordo com a Nota Técnica nº 09/2019, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), existem diretrizes sanitárias específicas para minimizar os riscos da infestação.
Para garantir a segurança sanitária da produção, a recomendação é que os produtores mantenham suas colmeias registradas no Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária (Sigen+).
O cadastro, que é obrigatório, auxilia no monitoramento e controle de pragas e doenças que afetam as abelhas, além de permitir a avaliação de casos de intoxicação por agrotóxicos e contribuir para o planejamento de políticas públicas voltadas ao setor.
O registro adequado das colmeias pode até mesmo prevenir fenômenos que resultam no desaparecimento das abelhas.
Para cadastrar ou atualizar o registro, os produtores devem procurar o escritório da Cidasc em seu município, portando documento de identificação válido e informações sobre sua propriedade, como localização, bairro, município e quantidade de colmeias.
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Movimentação das colmeias
A movimentação de colmeias entre propriedades rurais deve ser acompanhada da Guia de Trânsito Animal (GTA), que pode ser emitida online ou presencialmente no escritório municipal da Cidasc. Para obter a GTA, é essencial que o cadastro do produtor esteja atualizado.
Santa Catarina é referência na produção de mel
Santa Catarina se destaca nacionalmente na produção de mel. O estado comercializa mel de abelha de alta qualidade no mercado nacional e internacional.
Esse destaque reforça a excelência sanitária do agronegócio catarinense e a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário para garantir a sustentabilidade da atividade.
A produção de mel é importante na geração de emprego e renda, na diversificação da propriedade rural e nos benefícios sociais, econômicos e ecológicos que proporciona.
O apicultor e meliponicultor catarinense
Para mais informações e orientações sobre a notificação da presença do Pequeno Besouro das Colmeias (PBC), os produtores podem entrar em contato com a Cidasc pelo site oficial ou pelo escritório regional mais próximo.
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