Um estudo da Embrapa mapeou as áreas do Brasil mais vulneráveis a três novas pragas quarentenárias. Estas pragas são Anastrepha curvicauda, Bactrocera dorsalis e Lobesia botrana. Embora ainda não estejam registradas no país, já estão presentes em países vizinhos e ameaçam a fruticultura brasileira.
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A pesquisa mapeou regiões suscetíveis com base na temperatura e na presença de alimentos adequados para as pragas.
Ao todo, 561 municípios apresentaram risco para a ocorrência de Lobesia botrana nas culturas de uva, ameixa, amora, alecrim, caqui, kiwi, oliveira, pêssego, maçã, nectarina ou pera em dezembro.
Além de 721 para a Anastrepha curvicauda nos cultivos de mamão e manga.
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E ainda, 1.940 para a Bactrocera dorsalis nos cultivos de abacate, banana, cacau, café, caju, caqui, laranja, limão, tangerina, feijão, goiaba, maçã, mamão, manga, maracujá, melão, melancia ou tomate.
A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e coordenadora do estudo, Jeanne Scardini Marinho Prado, destaca que o mapeamento não descarta o risco dessas pragas surgirem em outras regiões do Brasil, mas sim quais são as áreas de maior risco.
Coube a ela mapear quais inimigos naturais existem no Brasil que poderiam ser usados no controle biológico dessas pragas.
Uma segunda etapa do trabalho envolveu a identificação de espécies já usadas em outros países e a busca por insetos semelhantes que tenham ocorrência em território nacional.
Além disso, foram avaliados produtos químicos para controle, evitando agrotóxicos em zonas sensíveis.
A Embrapa destaca a importância de não introduzir material vegetal não autorizado no país. Isso pode trazer novas pragas e causar danos significativos à agricultura.
O objetivo é fornecer ao Ministério da Agricultura um plano de prevenção e controle. Isso ajudará a proteger a agricultura brasileira contra esses novos riscos.