A fruticultura tem papel estratégico na economia catarinense. Santa Catarina é o maior produtor de maçã do Brasil, responsável por cerca de 50% da produção nacional. Para fortalecer ainda mais o setor, a Epagri desenvolve pesquisas e ações que ampliam a qualidade e a sustentabilidade da atividade.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
Na Estação Experimental de Lages, o engenheiro-agrônomo Murilo Dalla Costa conduz um trabalho inovador: a produção e manutenção de mudas de plantas frutíferas livres de vírus.
O processo inicia quando uma variedade da Epagri, em qualquer unidade do Estado, apresenta algum tipo de vírus. A planta é enviada ao Laboratório de Biotecnologia de Lages, onde matrizes de macieira, videira e citros (laranja, bergamota e limão) são mantidas em condições controladas de luz e temperatura.
Veja também
Invasão de javalis preocupa produtores em Santa Catarina
Catarinenses compram mais: vendas em supermercados disparam no primeiro semestre
Com esse material, é feito o cultivo in vitro, permitindo o tratamento para eliminar os vírus. Após a chamada limpeza clonal, as plantas são restabelecidas em substrato. Somente depois de comprovada a ausência de vírus é que as mudas podem ser registradas para servir como matrizes e fornecer material propagativo aos viveiristas.
“Não existe um produto para eliminar o vírus da planta infectada. A única maneira é por meio da limpeza clonal, realizada em laboratório”, explica Murilo Dalla Costa.
Mudas mais produtivas e resistentes
Segundo o pesquisador, mudas livres de vírus garantem maior longevidade, melhor produtividade e frutos de maturação mais homogênea. Por isso, ele orienta os produtores a adquirirem plantas com alto padrão sanitário, mesmo que tenham custo maior.
“Nosso objetivo é oferecer soluções que beneficiem o produtor, garantindo mudas de qualidade e fortalecendo a fruticultura em Santa Catarina”, conclui Dalla Costa.
Nossas Redes Sociais