Exclusivo : Presidente da Cidasc detalha caso de raiva em Videira

Exclusivo : A presidente da Cidasc detalha caso de raiva em Videira, confirmado na última quarta-feira, 13. Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira, 15, na sede da RBV Rádios, Celles Regina de Matos detalhou sobre o caso confirmado em um bovino. O caso foi registrado na comunidade de Monte Bérico.

“A raiva é uma doença chamada de doença endêmica. O vírus existe, ele circula, ele normalmente fica nas regiões silvestres. Ele está localizado em animais da área silvestre”, afirma. A médica veterinária afirma que, em determinados momentos, o vírus acaba circulando em regiões mais povoadas. Isso ocorre pelo fato de que o Brasil não está livre da doença.

“A raiva que houve esse caso aqui em Videira é a raiva dos herbívoros, sendo uma doença transmitida por um vírus, pelos morcegos”.

Em Videira, até o momento está confirmado o caso de raiva em um bovino. Porém, segundo a presidente da Cidasc, a situação pode ocorrer em outros animais também. “Todas essas espécies […] podem ter esse tipo de raiva, podem ser sugados inclusive por esse tipo de morcego”.

Após a confirmação do caso, os trabalhos começaram a ser realizados de forma multidisciplinar. “A Cidasc providenciou naquela propriedade, em um entorno de 1km, que as propriedades vizinhas fossem visitadas, uma a uma […] verificando se há sinais”, acrescentou Celle.

Presidente da Cidasc detalha ações emergenciais que estão sendo tomadas

Na propriedade afetada, o produtor foi instruído a vacinar imediatamente todos os seus bovinos. Além disso, está prevista uma campanha de vacinação com orientação porta a porta na vizinhança e em propriedades mapeadas num raio de 1 km.

A Cidasc reforça a importância da vacinação de todos os animais suscetíveis à raiva, incluindo bovinos, equinos, ovinos, caprinos, suínos, cães e gatos, na região afetada. É vital que os produtores estejam atentos a sintomas como andar cambaleante e dificuldade respiratória nos animais, que podem indicar a presença da doença.

Além disso, é fundamental observar se há marcas de mordeduras nos animais, o que poderia sugerir ataques de morcegos hematófagos, conhecidos vetores da raiva.

A colaboração da comunidade é essencial, a Cidasc solicita que qualquer suspeita de sintomas da doença ou ataques de morcegos seja prontamente notificada, a fim de tomar medidas preventivas e evitar a propagação do vírus.

A conscientização e a ação rápida são fundamentais para conter a disseminação da raiva e proteger a saúde dos animais e da população local.