O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta sexta-feira (24) duas medidas provisórias (MP) para viabilizar a importação de 1 milhão de toneladas de arroz. Ao todo o Governo liberou R$ 6,7 bi para comprar arroz importado, que, segundo estimativa, deve chegar aos mercados pelo preço tabelado de R$ 4 o quilo.
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A compra é um movimento do governo para evitar o aumento de preço do alimento, que teve sua produção comprometida pelas enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção nacional.
Uma outra MP permite que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que fará a importação, venda o produto no mercado interno.
Com essa MP, já foram liberados R$ 7,2 bilhões para a compra de até 1 milhão de toneladas de arroz estrangeiro. O governo zerou a tarifa de importação de três tipos de arroz na última segunda–feira.
“Os estoques adquiridos serão destinados à venda direta para mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e outros estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas”, diz o governo em nota divulgada neste sábado.
A compra foi feita pelo ministério do Desenvolvimento Agrário, comandado pelo ministro Paulo Teixeira, que destacou a importância da iniciativa.
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“Esta medida provisória é um passo crucial para garantir a segurança alimentar de todo o povo brasileiro”, afirmou.
O governo do Rio Grande do Sul, por outro lado, afirma que a safra de arroz produzida no estado ao longo deste ano é suficiente para abastecer a demanda do país, mesmo com os prejuízos causados pelos temporais que atingem o estado desde o fim do mês passado.
Em nota publicada nesta terça-feira, o governo do estado afirmou que a importação de arroz é “desnecessária” e que a safra produzida no RS “deve ficar em torno de 7,1 milhões de toneladas, mesmo com as perdas pelas inundações que o Estado sofreu em maio”.