O forte temporal registrado na noite de segunda-feira (27) provocou grandes prejuízos à agricultura de Tangará, especialmente na fruticultura. Segundo o engenheiro agrônomo da Epagri, Eduardo Zago, rajadas de vento e mais de cinco minutos de granizo ininterrupto atingiram a cidade e comunidades do interior, afetando pelo menos 20 produtores. A estimativa inicial de prejuízo chega a aproximadamente R$ 2 milhões.
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As lavouras de milho sofreram danos, porém o maior impacto ocorreu na produção de frutas. As frutíferas somam cerca de 50 hectares afetados, principalmente frutas de caroço — como pêssegos, ameixas e caquis — além de uvas. Muitas dessas culturas estavam em ponto de colheita e tiveram perdas severas, praticamente sem possibilidade de aproveitamento para comercialização.
De acordo com Zago, uvas e caquis que estavam em fase de florescimento ainda poderão apresentar danos futuros, como doenças de cacho e de folhas, o que pode comprometer também as próximas safras. A destruição de material vegetativo pode gerar impactos a longo prazo.
O engenheiro reforça que os agricultores não devem interromper os tratamentos. A orientação é intensificar os cuidados fitossanitários para cicatrização das plantas e já iniciar preparo para o próximo ciclo produtivo, com foco na safra do ano que vem.
A Epagri segue à disposição dos produtores atingidos para esclarecimentos e assistência técnica. O escritório fica anexo à prefeitura de Tangará.
Produtor perde toda a safra com o temporal
Um produtor rural de Tangará, na comunidade de São Paulinho, perdeu toda sua produção de frutas de caroço, como ameixa, nectarina e pêssego. Ele comenta que teria colheita garantida até o mês de janeiro todos os dias, totalizando cerca de 300 toneladas de frutas. No entanto, resta agora a tristeza, pois a safra foi perdida.

