Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev)/Cidasc
A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) divulgou as datas para o vazio sanitário e o calendário de semeadura da soja para a safra 2025/2026, conforme estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Portaria nº 1.271, de 5 de maio de 2025.
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Essas medidas fazem parte do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) e são essenciais para a defesa sanitária vegetal, visando a prevenção e controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), uma das doenças mais prejudiciais à cultura da soja.
O vazio sanitário é um intervalo contínuo durante o qual é proibido cultivar, manter ou permitir a presença de plantas vivas emergidas de soja.
Durante esse período, também é obrigatória a eliminação de plantas voluntárias (soja guaxa) nos campos, visando à quebra do ciclo do patógeno causador da doença.
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A redução da população do fungo no ambiente durante a entressafra atrasa significativamente a ocorrência da doença na safra seguinte.
O calendário de semeadura estabelece o período permitido para o plantio da soja, visando à racionalização do número de aplicações de fungicidas ao longo da safra e, com isso, reduzir a pressão de seleção de resistência do fungo aos fungicidas.
A ferrugem asiática pode comprometer entre 10% e 90% da produtividade em condições favoráveis à infecção e desenvolvimento do fungo, sendo, portanto, uma das principais ameaças à sustentabilidade da produção de soja no país.
Para a safra 2025/2026, o território catarinense foi dividido em apenas duas regiões, ao contrário das quatro regiões estabelecidas nas safras anteriores.
“Propusemos ao Mapa a ampliação em 20 dias do período de semeadura na região que, na safra anterior, abrangia o Meio-Oeste, Planalto Sul, Grande Florianópolis e Norte do Estado. Assim, todos os municípios catarinenses ficaram com janela de plantio de 120 dias, beneficiando os produtores, que antes tinham apenas 100 dias e simplificando a gestão das regiões com diferentes datas no Estado”, explicou o engenheiro-agrônomo e gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev) da Cidasc, Alexandre Mees.
A adoção rigorosa do vazio sanitário e do calendário de semeadura é imprescindível para minimizar riscos e garantir a sanidade das lavouras catarinenses.
Essas medidas contribuem para o controle da ferrugem asiática, reduzindo a necessidade de aplicações de fungicidas e, consequentemente, os custos para os produtores. Além disso, a implementação eficaz dessas práticas fortalece a sustentabilidade da produção de soja em Santa Catarina.
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