A suinocultura brasileira caminha para encerrar 2025 como um dos melhores anos da história do setor. Segundo análises do Itaú BBA, a produção nacional de carne suína deve crescer cerca de 5% no ano, enquanto as exportações devem avançar aproximadamente 15%, estabelecendo novos recordes.
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A combinação de custos de produção mais baixos, impulsionados pelo preço acessível do milho e do farelo de soja, e uma demanda aquecida, tanto no mercado interno quanto no exterior, contribuiu para esse desempenho positivo.
Preços e consumo doméstico
Mesmo com a ampliação da oferta, os preços pagos ao produtor reagiram de forma favorável. Dados do Cepea mostram que, até o terceiro trimestre de 2025, a cotação da carne suína ao produtor independente subiu 10,8% em comparação com o ano anterior.
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O consumo doméstico também avançou, segundo a Conab, com crescimento de 2,6% no consumo per capita, que deve atingir 20 quilos por habitante. Esse cenário reforça a importância do mercado interno como pilar de sustentação dos preços.
Exportações e mercados internacionais
Os mercados asiáticos continuam sendo os principais destinos da suinocultura brasileira, representando cerca de 65% das exportações. Filipinas, Japão e Vietnã destacam-se, compensando parcialmente a redução nas compras da China.
No acumulado de janeiro a novembro, os embarques cresceram 10,8% em relação ao ano anterior.
A persistência de problemas sanitários em outros países fortalece a posição estratégica do Brasil, especialmente na exportação de carne in natura e miúdos.
Perspectivas para 2026
As projeções para 2026 seguem otimistas. Estima-se crescimento de 2% a 3% na produção e de 3% a 4% nas exportações.
Além disso, fatores como a eleição presidencial, a Copa do Mundo e possíveis aumentos no preço da carne bovina devem estimular o consumo de carne suína, considerada mais acessível.
Sanidade e competitividade internacional
Os riscos sanitários, como a Peste Suína Africana (PSA) e a PRRSv, permanecem sob monitoramento.
No entanto, esses desafios também geram oportunidades, já que o Brasil foi reconhecido em 2025 pela OMSA como país livre de febre aftosa sem vacinação, abrindo espaço para expandir exportações, principalmente para a Ásia.
A expectativa de desvalorização do real em 2026 também pode favorecer a competitividade da carne suína brasileira no mercado internacional.





