No campo, o clima rigoroso mobiliza agricultores na região. Em Videira, o pioneiro do cultivo de pitaia, Adriano Scussiatto, precisou adotar medidas específicas para proteger sua plantação de três hectares na comunidade de São Roque. O frio intenso pode comprometer o ciclo da fruta, colhida entre janeiro e maio.
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“Hoje registramos -3,7 °C aqui no sítio das pitaia. Estamos fazendo o controle para que não haja perdas futuras. Esse controle é feito com água, por aspersão, para evitar que a planta queime. Se não fizer, corre-se o risco de perder o pé da pitaia. A produção principal é de janeiro a maio. Agora, o foco é manter a planta saudável para o próximo ciclo”, explicou Adriano.
O agricultor conta que o sistema de aspersão com água é acionado sempre que a temperatura se aproxima de 0 °C, momento crítico para a cultura.
“Chegando a 0º, ligamos os aspersores. A partir daí, só desligamos quando a temperatura estiver positiva, acima de 5 ou 6 graus. Mesmo que tenha gelo na planta, já não há mais risco.” comentou o agricultor.
Adriano também comentou que existem outros métodos para o controle da geada, como o uso de fogo ou fumaça, “mas o mais prático no cultivo de pitaia é a aspersão com água”, ressaltou.
O sistema visa proteger a plantação, garantindo que o ciclo produtivo não seja interrompido, ou mesmo comprometido.
Com isso, o agricultor assegura a qualidade das frutas e evita que futuros plantios sejam afetados.
Essa técnica é amplamente recomendada por especialistas no manejo de culturas sensíveis a baixas temperaturas.
Defesa Civil
A Defesa Civil está em alerta, orientando os municípios a monitorar as flutuações térmicas, já que as temperaturas amenas durante o dia podem mascarar o perigo das madrugadas geladas.
O órgão também alerta a população para evitar exposição prolongada ao frio nas primeiras horas da manhã e à noite — em especial crianças, idosos e pessoas em situação de rua.