A Associação Maria Rosa (Amar) comemorou na terça-feira (6) 25 anos de atuação no município de Caçador. O evento foi marcado por gratidão, histórias de superação e o reconhecimento ao impacto social que a entidade tem na comunidade.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
O coordenador da Amar, Heron Souza, destacou a importância do trabalho realizado ao longo das últimas décadas, especialmente no acolhimento de mulheres vítimas de violência. Segundo ele, o esforço de voluntários, diretoria e equipe técnica é fundamental para garantir que as acolhidas saiam mais fortalecidas.
“Nosso objetivo é que essas mulheres retomem a confiança em si mesmas, se sintam empoderadas e livres de relacionamentos abusivos. Fazemos um acompanhamento mesmo após a saída, para saber como estão e se conseguiram recomeçar”, afirma Eron.
Veja também
Cerejeiras floridas encantam na escola Dom Orlando Dotti
Paciente de Caçador é escoltada pela PRF para transplante em Blumenau
A Amar também é responsável pela gestão da ILPI São José, que acolhe idosos e desenvolve ações voltadas ao bem-estar e à qualidade de vida dessa população.
A comemoração acontece durante o Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A programação inclui palestras, blitz educativas e publicações nas redes sociais com relatos marcantes de voluntárias e beneficiárias.
“É um mês inteiro de atividades, e essa data só reforça a nossa missão. Quem acompanha o Instagram da Amar já está vendo histórias lindas que fazem parte da nossa trajetória”, completa Eron.
Fundadora relembra trajetória
As comemorações pelos 25 anos da Associação Maria Rosa (Amar), em Caçador, também abriram espaço para relembrar a história de luta e conquistas que marcaram a instituição. Uma das fundadoras, Zilda Albuquerque, contou como tudo começou e o caminho percorrido até a Amar se tornar referência estadual no acolhimento a mulheres vítimas de violência.
Segundo Zilda, o trabalho surgiu a partir do Movimento das Mulheres Urbanas de Caçador, que promovia reuniões mensais em comunidades para ouvir relatos e orientar mulheres sobre seus direitos. Na época, muitas vítimas registravam boletins de ocorrência, mas voltavam para casa e continuavam sofrendo agressões.
A necessidade de mais proteção levou o grupo a iniciar um movimento para trazer uma delegada mulher para Caçador. Com apoio popular, foram coletadas mais de 7 mil assinaturas, entregues à Defesa Civil de Florianópolis. O pedido foi atendido, e a chegada da delegada marcou uma nova fase na proteção às mulheres na cidade.
Com mais segurança e apoio comunitário, o grupo avançou para seu objetivo principal: abrir uma casa de acolhimento. Com contribuições de voluntários, empresários e da sociedade, alugaram um imóvel e deram início ao serviço que, ao longo de 25 anos, resgatou a cidadania e a autoestima de centenas de mulheres.
“Hoje, nossa casa é referência no Estado. Aqui, cada hóspede sai com a cabeça erguida, sabendo o que quer e conhecendo seus direitos”, destaca Zilda, reforçando o pedido para que as vítimas denunciem e busquem ajuda.
Nossas Redes Sociais