9 catarinenses estão entre os condenados pelos atos de 8 de janeiro

Foto: Joédson Alves, Agência Brasil

Os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília, completam dois anos nesta quarta-feira (08). A data será lembrada com eventos em defesa da democracia e a devolução de obras de arte restauradas, destruídas pelos atos de vandalismo.

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A Justiça tem trabalhado para responsabilizar os envolvidos nos ataques, com cerca de 900 pessoas já sendo investigadas e responsabilizadas até o momento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que, até o fim de 2023, 371 pessoas haviam sido condenadas, enquanto 527 firmaram acordos de não persecução penal, admitindo participação nos crimes em troca de medidas alternativas.

Catarinenses envolvidos nos atos de janeiro

Entre os investigados e já condenados pelos ataques extremistas de 8 de janeiro, estão pelo menos nove pessoas de Santa Catarina.

Três delas foram condenadas no primeiro ano após os atentados: o músico Ângelo Sotero de Lima, 58 anos, de Blumenau; o corretor de seguros Gilberto Ackermann, 49 anos, de Balneário Camboriú; e a cozinheira Raquel de Souza Lopes, 50 anos, de Joinville.

Esses três catarinenses integraram uma lista de condenados que teriam fugido para a Argentina no ano passado.

No fim de 2023, o governo argentino emitiu mandados de prisão contra 61 brasileiros que teriam migrado para o país vizinho após as condenações no Brasil.

Outros catarinenses também foram condenados no último ano. A cabeleireira Dirce Rogério, de Rio do Sul, Matheus Ferreira de Souza, de Chapecó, e Maria de Fátima Mendonça Jacinto, conhecida como “Fátima de Tubarão”, se juntaram à lista de réus do 8 de janeiro após os julgamentos realizados ao longo de 2024.

Prisão de réus e penas aplicadas

No total, 155 pessoas ainda permanecem presas, com 78 em prisão provisória e 70 em prisão definitiva.

A maioria dos réus responde por crimes graves, como depredação dos prédios públicos e tentativa de golpe de Estado. As penas variam de 4 a 17 anos de prisão.