Na tarde desta terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que apura uma possível tentativa de golpe para mantê-lo no poder, mesmo após a derrota nas eleições presidenciais de 2022. O interrogatório, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, ocorreu logo após os depoimentos de outras figuras-chave da gestão anterior, como o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Augusto Heleno.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
Durante o depoimento, iniciado por volta das 14h30, Bolsonaro negou as acusações de envolvimento em qualquer plano golpista.
Segundo ele, as alegações são infundadas e não correspondem aos fatos. Moraes iniciou os questionamentos abordando a reunião ministerial de julho de 2022, onde se discutiu o sistema eleitoral brasileiro e a legitimidade das urnas eletrônicas.
Ao responder, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso, dizendo que atuou por essa proposta quando era deputado federal.
Veja também
Liberdade de motorista embriagado que matou filha de ex-prefeito de Pinheiro Preto causa indignação
Ele reafirmou que sempre questionou o sistema eletrônico de votação e usou como exemplo o ministro do STF, Flávio Dino, que também criticou as urnas quando perdeu a eleição no Maranhão, em 2010.
O ex-presidente também aproveitou o momento para destacar realizações de seu governo, dando um tom político ao depoimento.
Mais uma vez, Bolsonaro alegou que atuou “dentro das quatro linhas da Constituição”, frase que ele costuma repetir em seus discursos públicos.
Ele também criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando ter sido prejudicado durante o pleito. Segundo Bolsonaro, foi impedido de usar conteúdos negativos contra Lula e de divulgar feitos positivos de sua própria gestão.
Nossas Redes Sociais