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Desmatamento na Amazônia legal cresce 18% entre 2024 e 2025

A degradação florestal, impulsionada por queimadas e extração de madeira, atingiu um dos piores índices dos últimos 15 anos

Fonte:
Silvia Zatta | Portal RBV | Com informações UOL/G1

Entre agosto de 2024 e março de 2025, a Amazônia Legal registrou um aumento de 18% no desmatamento em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme os dados divulgados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) nesta quinta-feira (24).

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A área desmatada atingiu 2.296 km², equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo e seus arredores, tornando-se a sexta maior da série histórica para este período, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Esse aumento no desmatamento gera preocupações, especialmente considerando que o Brasil sediará a COP30, em Belém, no próximo mês de novembro.

Combate ao desmatamento

O governo federal, liderado por Lula, tem se empenhado no combate ao desmatamento, com o objetivo de zerá-lo até 2030 para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Contudo, o aumento da degradação florestal, que envolve práticas como queimadas e extração madeireira, continua a prejudicar a biodiversidade, a produção de água e o estoque de carbono na floresta.

A degradação florestal, apesar de a vegetação remanescente, facilita ainda mais a propagação de incêndios.

Entre agosto de 2024 e março de 2025, a área degradada na Amazônia alcançou 34.013 km², um aumento alarmante de 329% em relação ao mesmo período de 2023 a 2024.

Esse crescimento é atribuído, em grande parte, às queimadas que devastaram extensas áreas da floresta no ano passado.

Apesar de uma estabilização no desmatamento de outubro de 2024 a março de 2025, os níveis ainda permanecem elevados em comparação com as médias históricas.

Maior taxa de degradação florestal dos últimos 15 anos

Em 2024, a Amazônia experimentou a maior taxa de degradação florestal dos últimos 15 anos, conforme apontam os dados do Imazon.

O Sistema de Alerta de Desmatamento utiliza imagens de satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) para monitorar mensalmente o ritmo de desmatamento e degradação na região.

A pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon, acredita que a intensificação das ações ambientais nos últimos anos evitou uma situação ainda mais grave.

“O Brasil retomou a pauta ambiental; se isso não tivesse acontecido, a situação do desmatamento e da degradação florestal poderia estar mais crítica”, observa.

Embora as ações estejam surtindo efeito, ela ressalta que ainda é possível reverter o quadro.

“Precisamos focar em ações mais estratégicas, direcionando esforços para as áreas mais pressionadas”, afirma Amorim.

Entre os estados que mais contribuem para o aumento do desmatamento e da degradação estão o Pará, Mato Grosso e Amazonas, que, durante o período analisado, apresentaram os maiores aumentos nessas áreas.

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