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Lei Felca: sancionado ECA Digital contra adultização de crianças na internet

ECA Digital reforça proteção e combate adultização de crianças e adolescentes em redes sociais, apps e jogos eletrônicos

O ECA Digital foi sancionado nesta quarta-feira (17). A Lei 15.211/2025, conhecida como “Lei Felca”, estabelece medidas para proteger crianças e adolescentes no ambiente digital. A legislação entra em vigor em seis meses e busca combater a adultização de crianças em redes sociais, aplicativos, lojas de aplicativos e jogos eletrônicos.

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A sanção da lei surge após ampla repercussão de vídeos virais denunciando a adultização de crianças para fins de monetização, colocando o Brasil entre os países que possuem legislação específica para proteção digital de menores, equilibrando liberdade de expressão e segurança online.

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ECA Digital: medidas contra a adultização infantil

O ECA Digital estabelece uma série de obrigações para plataformas digitais, lojas de aplicativos e sistemas operacionais, com foco em prevenir a adultização infantil e garantir um ambiente seguro para menores. Entre as principais medidas:

  • Verificação de idade e controle parental: contas de crianças e adolescentes de até 16 anos devem estar vinculadas a um responsável. Sistemas e aplicativos precisarão adotar mecanismos confiáveis de verificação de idade, evitando que menores acessem conteúdo impróprio.
  • Remoção de conteúdo abusivo: plataformas devem retirar conteúdos que envolvam exploração, abuso sexual, sequestro, aliciamento ou qualquer forma de violência contra menores.
  • Segurança em jogos eletrônicos: jogos voltados para crianças terão restrições como proibição de loot boxes e chats sem salvaguardas adequadas.
  • Publicidade direcionada e dados pessoais: a coleta e o tratamento de dados de crianças e adolescentes ficam regulamentados, e práticas publicitárias predatórias ou enganosas são proibidas.
  • Relatórios de moderação: plataformas com mais de 1 milhão de usuários na faixa etária infantil deverão publicar relatórios semestrais, informando canais de denúncia, quantidade de denúncias e dados de moderação de conteúdo.

Essas medidas buscam garantir que o ambiente digital seja seguro, prevenindo crimes virtuais e exposições indevidas, e fortalecendo a supervisão de pais e responsáveis.

Autoridade Nacional de Proteção de Dados e combate à adultização

Um dos pontos centrais do ECA Digital é a transformação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) em uma agência reguladora autônoma, com poder de fiscalização e aplicação de sanções.

A nova agência terá:

  • Estrutura administrativa ampliada e orçamento maior;
  • Criação de cargos específicos, incluindo analistas de nível superior;
  • Autonomia para editar regulamentos, fiscalizar o cumprimento das obrigações e aplicar sanções;
  • Poder de monitorar práticas de adultização de crianças e descumprimento das regras por redes sociais, aplicativos e lojas digitais.

Essa medida garante que empresas digitais assumam responsabilidade na proteção de menores e cria um modelo de fiscalização moderno e eficiente, alinhado às melhores práticas internacionais.

Sanções previstas pelo ECA Digital

O ECA Digital define penalidades graduais para plataformas que descumprirem suas obrigações:

  • Advertência: com prazo de 30 dias para adoção de medidas corretivas;
  • Multa: pode chegar a 10% do faturamento da empresa no Brasil ou até R$ 50 milhões por infração;
  • Suspensão temporária de atividades: aplicada em casos de descumprimento grave.

As sanções reforçam a responsabilidade das empresas digitais e buscam coibir práticas que exponham crianças e adolescentes à adultização, exploração sexual, violência, assédio e disseminação de fake news.

Educação digital e supervisão familiar

Além das medidas legais, o ECA Digital incentiva a educação digital. Plataformas devem oferecer ferramentas que auxiliem crianças e adolescentes a compreender privacidade, segurança e uso responsável da internet.

A lei também fortalece o papel dos pais e responsáveis, que poderão monitorar o acesso de menores a redes sociais e aplicativos, utilizando controles parentais e ferramentas de monitoramento disponibilizadas pelas próprias plataformas.

Vetos e ajustes na lei

O governo federal vetou três pontos do ECA Digital:

  1. Competência da Anatel: a agência não será responsável direta por decisões judiciais de bloqueio de plataformas;
  2. Destinação de multas: aplicação imediata das multas ao Fundo de Defesa da Criança e do Adolescente foi ajustada para respeitar o prazo de cinco anos previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
  3. Vacatio Legis: o prazo inicial de 12 meses para entrada em vigor foi substituído por seis meses, definido por Medida Provisória.

Esses ajustes não alteram o foco da legislação, que continua priorizando a proteção contra a adultização infantil e a exposição indevida de crianças e adolescentes.

Impacto do ECA Digital na regulação das plataformas

O ECA Digital também reforça a responsabilidade das grandes plataformas de tecnologia. Além das regras para proteção infantil, a lei estabelece mecanismos para maior transparência e obrigação de ações preventivas por parte de provedores de serviços digitais, lojas de aplicativos e sistemas operacionais.

Com essa legislação, o Brasil cria um marco regulatório moderno, que combina proteção de direitos, responsabilidade corporativa e fiscalização eficiente, prevenindo abusos e garantindo um ambiente digital mais seguro.

Próximos passos e importância da lei

A sanção do ECA Digital representa um passo histórico na atualização da legislação brasileira sobre proteção infantil. Desde a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) há 35 anos, o mundo digital mudou profundamente, tornando urgente a adaptação das normas à realidade online.

Com a entrada em vigor da lei, espera-se:

  • Maior proteção de crianças e adolescentes em plataformas digitais;
  • Redução da adultização infantil e exposição a conteúdos impróprios;
  • Fortalecimento da supervisão de pais e responsáveis;
  • Responsabilização das empresas digitais;
  • Criação de políticas públicas mais efetivas para segurança online.

A Lei Felca, sancionada como ECA Digital, de acordo com especialistas, representa um avanço significativo na proteção de crianças e adolescentes na internet. Com medidas claras de verificação de idade, controle parental, remoção de conteúdos abusivos e fiscalização por agência autônoma, o Brasil cria um marco legal que protege menores contra a adultização digital, garante maior segurança online e fortalece a responsabilidade das plataformas digitais.

A legislação também reforça a educação digital e o papel da família, garantindo que crianças e adolescentes possam usar a internet de forma segura, com liberdade e proteção.

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Fonte:
Ramon Gabriel | Portal RBV

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