A Polícia Federal (PF) deve concluir, nesta quinta-feira (21), o inquérito sobre os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Naquela data, manifestantes invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório da investigação será enviado ao ministro Alexandre de Moraes, junto com a lista de indiciados. A PF também deve apresentar os mentores dos atos antidemocráticos.
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O indiciamento ocorre quando a autoridade policial, após reunir provas, identifica suspeitos principais de um crime.
De acordo com dados do STF, 279 pessoas já foram condenadas pelos atos de janeiro. Além disso, 476 acusados firmaram acordos com a Justiça.
Isso totaliza 755 indivíduos com a situação jurídica definida e responsabilizados penalmente. Pelo menos quatro pessoas foram absolvidas.
O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, também ocorre nesta quinta-feira (21). Cid é investigado pela PF por sua possível participação nos atos de 8 de janeiro.
Ele será interrogado por Moraes às 14h, para esclarecer omissões e contradições em depoimentos anteriores.
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O militar corre o risco de perder os benefícios do acordo de delação premiada que firmou com a Justiça.
A investigação da PF encontrou no computador de Cid arquivos relacionados a um suposto plano de assassinato contra autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro Alexandre de Moraes.
No depoimento de terça-feira (19), Cid negou qualquer conhecimento sobre o plano. Contudo, a PF pediu a revogação dos benefícios de sua delação premiada. A corporação alega que Cid omitiu informações durante os depoimentos, o que viola os termos do acordo.
O depoimento de hoje pode ser decisivo para a continuidade da colaboração de Cid e para o esclarecimento dos fatos relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
A conclusão do inquérito e o indiciamento dos responsáveis também marcam um passo importante na responsabilização dos envolvidos nos ataques à democracia.
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