As ferrovias que cortam Santa Catarina movimentaram, só em 2023, 6,7 milhões de toneladas de carga, 5,18% a mais do que em 2022. As informações foram divulgadas pela gerência de Ferrovias, da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), e levantadas junto às concessionárias que atuam na malha ferroviária do Estado.
Para o secretário da SPAF, Beto Martins, isso revela a capacidade de crescimento que o setor tem, e a contribuição com a logística catarinense. Ele também afirma que novos projetos podem dobrar a malha catarinense.
Um dos fatores associados ao crescimento da movimentação de carga nas ferrovias foi o aumento da safra de grãos em 2023. Segundo a SPAF, foram 3,5 milhões de toneladas de grãos movimentados. Além deste produto, as ferrovias transportaram 2,5 milhões de toneladas de carvão mineral, 546 mil toneladas de cargas conteinerizadas, 151 mil toneladas de combustíveis e 24 mil toneladas de fertilizantes.
Já no resultado nacional, o Brasil deve fechar o ano com 525 milhões de toneladas transportadas, o que mantém a participação de Santa Catarina em 1,3% em 2023 e o mesmo desempenho de 2022.
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O Estado tem 763 km de ferrovias em atividade, o que representa 4,4% da malha do país.
Investimentos em ferrovias
Conforme adiantou a colunista do NSC Total, Estela Benetti, dois novos ramais ferroviários estão em fase de elaboração de projetos pelo governo de Santa Catarina e vão somar investimentos da ordem de R$ 13 bilhões.
O maior trecho, segundo o Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC), seria de 319 quilômetros e conectaria os municípios de Correia Pinto na Serra catarinense até Chapecó, no Oeste do Estado. Este trecho tem as obras orçadas em R$ 10 bilhões. O projeto para essa obra, contratado pela SPAF, custa R$ 26 milhões.
O segundo ramal, de 62 quilômetros, vai ligar Araquari a Navegantes, no norte do Estado. Essa obra está orçada em R$ 3 bilhões e o projeto para a mesma, também em elaboração, recebeu investimento de R$ 6,5 milhões.
Outros dois trechos estariam nos planos: um entre Navegantes e Correia Pinto e outro entre Rio do Sul e Tubarão. No entanto, estes planos ainda não entraram na fase de projeto.