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Homem que matou mulher e três crianças é enforcado em praça pública no Irã

Reprodução/X/IranHrm

Um homem condenado por assassinato foi enforcado publicamente nesta semana na cidade de Kordkuy, província de Golestan, no Irã. Sajad Molayi Hakani foi considerado culpado por matar uma mulher e seus três filhos durante um roubo em outubro e recebeu a pena de morte prevista pela lei islâmica na modalidade qisas, que significa “retaliação na mesma moeda”. A esposa do suposto assassino também deverá ser executada posteriormente dentro da prisão.

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A execução ocorreu em praça pública e foi acompanhada por uma multidão de moradores, incluindo crianças. Imagens divulgadas mostram Hakani em pé sobre uma plataforma com a corda no pescoço presa a um guindaste.

A decisão coincide com uma ordem do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, para aumentar o número de execuções no país. Organizações de direitos humanos afirmam que o governo iraniano tem usado enforcamentos como forma de intimidação política para conter manifestações contrárias ao regim

O Conselho Nacional de Resistência do Irã (CNRI) e políticos britânicos criticaram a escalada da violência estatal. Dowlat Nowrouzi, representante do CNRI no Reino Unido, disse que “o fracasso da comunidade internacional em responsabilizar o regime por suas atrocidades, incluindo crimes contra a humanidade e genocídio, permitiu que o regime desfrutasse de impunidade. Já passou da hora de responsabilizar Ali Khamenei, o Líder Supremo, e outros por cometerem esses crimes”.

Dados divulgados por opositores do regime indicam que apenas em junho deste ano ao menos 176 presos foram executados. Saeed Masouri, que passou 25 anos detido no Irã por ligação com a Organização Mojahedin do Povo, relatou que tortura psicológica, ameaças a familiares e julgamentos fraudulentos são usados para condenar inimigos do regime.

Segundo Hossein Abedini, vice-diretor dos escritórios do CNRI no Reino Unido, “as execuções sob o regime clerical violam todos os padrões e normas internacionalmente reconhecidos de devido processo legal e são fundamentalmente usadas como um instrumento político de repressão”.

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