Enchente na Espanha: 205 mortes e destruição em Valência

A enchente histórica na Espanha resultou em 205 mortes, conforme anunciou o governo local nesta sexta-feira (1). Em Valência, a terceira maior cidade do país, 202 vidas foram perdidas. Além disso, três mortes ocorreram nas regiões vizinhas de Castilla-La Mancha e Andaluzia. Autoridades ainda buscam dezenas de desaparecidos e reportaram que muitas vítimas ficaram presas em seus carros.

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Com a atualização, o número de mortos na tragédia do leste espanhol supera as vítimas das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, no Brasil, onde 183 pessoas faleceram.

Este desastre se tornou a pior tragédia ambiental do século na Espanha e o maior desastre relacionado a enchentes na história moderna do país. Desde 1970, não se via um número tão alto de vítimas em um único evento na Europa, superando as 209 mortes na Romênia.

Para auxiliar a região, o governo espanhol mobilizou o Exército, que começará a ajudar na limpeza das ruas e na distribuição de alimentos aos moradores mais afetados. A força das águas deixou carros empilhados e causou saques a supermercados e shoppings.

A Polícia Nacional prendeu cinco indivíduos envolvidos em um saque a uma joalheria em Aldaia, município próximo a Valência.

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No sul de Valência, muitos moradores sem comida, energia e água criticaram o governo pela demora nos alertas sobre a tempestade.

Desde quinta-feira, centenas de voluntários se mobilizaram para ajudar a população, mas a Defesa Civil pediu que interrompessem a ação para não atrapalhar as operações de resgate em andamento.

Equipes de resgate ainda buscam por corpos, especialmente nos bairros mais atingidos e em municípios adjacentes, como Paiporta e Torrent.

Relatos indicam que muitas pessoas saíram de casa durante a tempestade para retirar seus carros de garagens submersas, mas acabaram surpreendidas pela enchente.

Além dos impactos diretos, o ministro dos Transportes, Óscar Puente, informou que cerca de 80 km de rodovias estão bloqueadas ou danificadas. As enchentes provocaram destruição significativa, transformando ruas em rios e arrastando veículos.

A tragédia foi comparada a um furacão ou tsunami, sendo um dos desastres mais severos registrados na Espanha.

Enquanto o governo enfrenta críticas pela gestão da emergência, diversas campanhas de doação para apoiar os desabrigados estão sendo organizadas. O Real Madrid, por exemplo, anunciou uma doação de 1 milhão de euros aos afetados.

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