Nesta quarta-feira (9) é comemorado o Dia do Açougueiro, data que homenageia os profissionais responsáveis por garantir cortes de carne de qualidade, atendimento especializado e um serviço essencial no dia a dia das famílias.
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O trabalho no açougue exige técnica, força e conhecimento, mas também empatia e boa comunicação com o cliente — algo que se reflete nas histórias de quem atua com paixão nessa área.
Em Caçador, dois jovens profissionais compartilharam suas experiências e mostraram que, mais do que cortar carnes, o açougueiro corta caminhos rumo à realização pessoal.
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Evelin Tibes: de costureira a coordenadora de açougue
Com apenas 21 anos, Evelin Raiane Tibes é coordenadora de um açougue no supermercado Superviza. Natural de Lebon Régis, ela conta que sua trajetória começou de forma inesperada.
“Foi do nada. Vim de Lebon Régis e meu primeiro emprego foi cuidando de criança, depois trabalhei em lavação e como costureira. Quando vi que o salário não era bom, soube que havia vaga no açougue e decidi tentar, mesmo sem saber comprar carne direito”, relembra.

Tímida no início, Evelin enfrentou o medo e descobriu uma nova paixão. “Fui aprendendo aos poucos e comecei a gostar muito do trabalho. Hoje estou em um lugar muito bom e adoro o que faço”.
Ela destaca que o conhecimento sobre cortes e tipos de carne é essencial para oferecer um bom atendimento. “Não é só vender. O cliente chega pedindo carne para panela, para assar, e a gente precisa saber indicar o corte certo. É isso que faz o cliente voltar”, explica.
Mesmo jovem, Evelin se orgulha de ocupar um espaço que ainda é dominado por homens. “Por ser mulher, é difícil, porque quase não se vê mulheres coordenando açougues. Mas é muito gratificante. A gente aprende todos os dias e vê o resultado do esforço no atendimento e na confiança do cliente”.
Luan Matheus: da indústria ao balcão do açougue
Outro exemplo é o de Luan Matheus, que trocou a indústria pelo atendimento ao público e se encontrou na profissão. “Eu era da indústria e tinha familiares que já trabalhavam com açougue. Em 2023, meu primo me chamou para tentar. Saí da indústria e estou há dois anos no setor. No começo foi um choque, mas hoje gosto muito do que faço”.

Luan destaca a importância da comunicação como parte essencial do trabalho. “O açougue mudou muito. Hoje, o cliente volta não só pelo preço, mas pelo bom atendimento. Receber com um sorriso, puxar conversa, isso faz diferença”, diz.
Além da simpatia, ele ressalta a necessidade de atualização constante. “Temos treinamentos periódicos sobre cortes, atendimento e higienização. O açougue está se modernizando, então é importante reformular técnicas e sempre oferecer o melhor produto”.
Mesmo tendo vindo de outro setor, ele garante que encontrou seu caminho. “Já tive oportunidades de voltar para a indústria, mas não quero. Aqui me sinto leve, gosto de atender e de aprender mais a cada dia”.