Quitar dívidas acumuladas e poupar ou investir o que for possível foram as principais escolhas dos catarinenses para o 13º salário de 2025. Essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada pela Fecomércio SC com 2.100 entrevistados em sete cidades do estado.
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Dos participantes, 35% afirmaram que usarão o benefício para saldar compromissos financeiros antigos.
A segunda resposta mais citada, com 31%, foi poupar ou investir parte do valor do 13º salário. Esses dados mostram uma postura mais cautelosa diante do cenário econômico atual.
Outras opções mencionadas foram viagens e lazer (11,7%), compras de presentes de fim de ano (10,9%), aproveitar promoções durante a Black Friday e o Natal (7,3%) e reformar ou fazer pequenas melhorias na residência (4,3%).
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O presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, explicou que os números refletem o momento de alta inadimplência em Santa Catarina.
Ele lembrou que um levantamento recente apontou 32,9% das famílias com contas em atraso em outubro, maior percentual desde 2010, quando teve início a série histórica. A média histórica é de 22%.
“O catarinense está mais cauteloso. Os dados indicam que, quem puder, vai saldar suas dívidas. E a outra grande parte vai poupar ou investir essa renda extra de fim de ano. Dessa maneira, há um impacto no varejo, pois mostra que as pessoas não estão tão dispostas assim a consumir. Mais uma vez, precisamos ressaltar que a política de manter os juros altos por muito tempo está causando danos à economia”, afirmou Dagnoni.
O levantamento também apontou que 9,7% das famílias afirmam não ter condições de quitar dívidas em atraso.
Além disso, a percepção de endividamento aumentou: a soma de consumidores que se declaram muito ou mais ou menos endividados subiu de 29,2% para 39,1%, enquanto os pouco endividados recuaram de 42,7% para 31,3%.






