A Ambev registrou uma queda de 8,9% no volume de cervejas vendido no Brasil no segundo trimestre de 2025. O total foi de 20,042 milhões de hectolitros, comparado ao mesmo período de 2024. Esse recuo ocorreu devido ao enfraquecimento do segmento de cervejas populares, especialmente em junho, com o clima desfavorável afetando regiões importantes para consumo.
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Relatórios do Valor já indicavam descidas nos volumes da Ambev. A concorrente Heineken segurou reajustes de preço por três meses e conquistou mais participação no volume. Analistas esperavam um recuo entre 2% e 2,9%, mas o resultado foi mais negativo.
O balanço geral da AB InBev também refletiu esses resultados. As ações da empresa caíram no dia da divulgação.
A Ambev atribuiu a menor demanda a indústrias mais fracas. “Temperaturas mais baixas afetaram negativamente ocasiões importantes de consumo, especialmente nas regiões Sul e Sudeste — que representam quase 60% da indústria”, relatou a empresa.
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Junho foi responsável por mais de 60% da perda de volume do trimestre.
Apesar da queda no volume, a receita líquida por hectolitro (ROL/hl) cresceu 6,2%, impulsionada por uma gestão eficaz de receita e por mix de marcas mais valorizadas.
O custo por hectolitro (CPV/hl), excluindo depreciação e marketplace, subiu 6,7%, pressionado por câmbio e alta de commodities, mas parcialmente aliviado por medidas de eficiência.
O EBITDA ajustado subiu 2,7%, alcançando R$ 2,868 bilhões. A empresa afirmou que suas estratégias posicionaram o grupo de modo robusto para enfrentar os “ventos contrários de custo no segundo semestre”.
Marcas premium e sem álcool
As marcas premium e super premium tiveram avanço de cerca de 15%, com destaque para Corona, Original e Stella Artois.
A categoria “balanced choices” também avançou: cervejas sem álcool cresceram 15%, Stella Pure Gold dobrou e já representa cerca de 30% do volume de Stella Artois. Michelob Ultra apresentou crescimento de aproximadamente 60%.
No trimestre, o volume total da Ambev caiu 4,5%, para 39,569 milhões de hectolitros. A receita líquida somou R$ 20,090 bilhões, alta de 3,4%, e o lucro líquido alcançou R$ 2,790 bilhões, crescimento de 13,8%.