O PIX, sistema de pagamentos instantâneo criado pelo Banco Central, completa cinco anos em novembro. Segundo o BC, cerca de 70% da população afirma que pouco usa ou já abandonou o dinheiro em espécie.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
Nesse período, os saques em caixas eletrônicos, bancos e lotéricas caíram cerca de 40%. Quando ajustados pela inflação, os saques tiveram queda de 46%.
Por outro lado, o PIX cresceu de 46% para 77% da população desde seu lançamento. A adesão ao sistema é rápida e consistente.
Ângelo Duarte, chefe de gabinete da Diretoria de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, explica:
“O que a gente percebe que ocorre é que a quantidade de dinheiro em circulação, ela não diminuiu na mesma magnitude. Ela diminuiu, sim, mas não na mesma magnitude, porque as pessoas continuam guardando ali um pouco de dinheiro na carteira, em casa, os comércios também mantêm um pouco. Mas esse dinheiro circula hoje de uma forma muito mais lenta. E aí, o número de saques é que capta esse tipo de fenômeno.”
Veja também
Fifa anuncia The Best 2025 com brasileiros na disputa
China libera importação de frango brasileiro após suspensão de seis meses
Nas ruas, a mudança é visível
Entre vendedores autônomos, cerca de metade das vendas já ocorre via PIX. Lojas de conveniência registram 30%, e restaurantes apenas 10%.
Mesmo assim, estabelecimentos incentivam cada vez mais o uso. As taxas do PIX são menores que as cobradas nos cartões, afirma Pedro Rocha, dono de restaurante:
“A única coisa que a gente pede pros nossos colaboradores é que, na hora do pagamento, se a pessoa estiver na dúvida, a primeira pergunta seja sobre o PIX. Parece meio invasivo, então a gente não faz pra todo mundo, porque a maioria paga com vale-refeição. Mas se o cliente tiver na dúvida, essa vai ser a primeira opção que a gente oferece.”
A digitalização do dinheiro impactou o salário dos brasileiros. Antes do PIX, apenas 40% recebiam em conta transacional; hoje, são 65%.
O número de pagamentos eletrônicos também explodiu: de pouco mais de 100 por pessoa há dez anos, para 760 no ano passado. A projeção para 2025 é de 800, com 90% via celular e mais da metade usando PIX.
Para a empresária Juliana Viana, a chegada do PIX é um avanço:
“Totalmente comemorado. Foi um avanço muito bom e é uma coisa até que quando a gente viaja, tal, sente falta em outros lugares, porque a agilidade tanto para mim como vendedora, quanto para compradora, é muito grande. Eu super aprovo. Veio para ficar.”






