As empresas estatais fecharam novembro com um déficit acumulado de R$ 6 bilhões em 2024, informou o Banco Central. Esta é a pior marca em 15 anos. Apenas no mês de novembro, o resultado contábil foi negativo em R$ 1,6 bilhão.
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O déficit ocorre quando as despesas dessas empresas superam suas receitas. A diferença pode ser coberta pelos caixas das próprias estatais ou pelo Tesouro Nacional. Este é o pior resultado desde 2009, quando a metodologia passou a excluir grandes empresas federais como Petrobras e Eletrobras.
Segundo o Ministério da Gestão e Inovação, o cálculo inclui empresas públicas estaduais e municipais, além de estatais federais menores. Organizações lucrativas, como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, não entram na estatística.
Parte do déficit reflete investimentos anteriores, realizados com recursos acumulados, o que não configura prejuízo direto, explicou o ministério. Resultados positivos em anos anteriores, por outro lado, tiveram contribuição significativa de aportes do Tesouro Nacional.
O ministério destacou que esses investimentos, de longo prazo, geram déficits nos anos seguintes até a conclusão dos projetos. O governo deve comentar oficialmente os números nesta segunda-feira.
Entre os maiores déficits previstos estão:
- Emgepron: ligada a projetos navais, com – R$ 2,49 bilhões.
- Correios: com – R$ 2,19 bilhões.
- Serpro: processadora de dados governamentais, com – R$ 590,43 milhões.
- Infraero: responsável por aeroportos federais, com – R$ 541,75 milhões.
Com o encerramento do ano fiscal se aproximando, os resultados finais devem consolidar a pior performance histórica das estatais.
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