Levantamentos recentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os preços do milho iniciaram julho nos níveis mais baixos do ano na maioria das regiões acompanhadas.
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Na última sexta-feira, dia 4 de julho, em Campinas (SP), a saca de 60 quilos foi negociada a R$ 64,05. Esse valor representa uma queda de 4,43% em relação ao começo do mês e é o menor preço nominal desde setembro de 2024.
Segundo o Cepea, essa redução ocorre principalmente pela maior oferta do milho disponível no mercado spot nacional. Vendedores mostram-se mais flexíveis e abertos a negociar valores menores para conseguir comercializar o produto.
Embora o ritmo da colheita da segunda safra esteja mais lento do que o registrado em 2024, o Cepea aponta que já há limitações na capacidade de armazenamento do cereal. Esse fator contribui para a pressão de queda nos preços, já que o excedente precisa ser vendido para liberar espaço nos armazéns.
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Além disso, a baixa paridade de exportação, que indica menor competitividade do milho brasileiro no mercado externo, reforça o movimento de recuo nos valores domésticos.
No lado da demanda, especialistas explicam que muitos compradores têm optado por adquirir apenas lotes pontuais para consumo imediato. Eles esperam que os preços continuem caindo, o que faz com que a procura permaneça moderada neste momento.
Essa conjuntura reflete um cenário de pressão para que os valores do milho se mantenham em baixa durante o início de julho, impactando produtores e comercializadores.