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Preços dos aluguéis podem reduzir com a queda de 1,05% do IGP-M em 2025?

Preços dos aluguéis podem reduzir com a queda de 1,05% do IGP-M em 2025?

Foto: Divulgação

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou 2025 com queda acumulada de 1,05%, pressionado pela desaceleração da economia global e por um ambiente de elevada incerteza ao longo do ano. Esses fatores limitaram o repasse de custos ao longo da cadeia produtiva, afetando principalmente os preços no atacado, que têm maior peso na composição do índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

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A melhora das safras agrícolas também ajudou a reduzir os preços das matérias-primas, reforçando o movimento de deflação do indicador. “O resultado foi influenciado principalmente pelo comportamento dos preços no atacado”, ressaltam economistas.

Queda nos preços ao produtor

O principal componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do cálculo, caiu 0,12% em dezembro, revertendo a alta de 0,27% registrada em novembro.

No acumulado do ano, o IPA apresentou queda de 3,35%, refletindo menores custos de produção e oferta maior de matérias-primas.

Dentro do IPA, os preços das matérias-primas brutas recuaram 0,30%, enquanto os bens intermediários também caíram. Já os bens finais tiveram aumento de 0,07%, abaixo da variação registrada em novembro.

Inflação ao consumidor segue moderada

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que pesa 30% na composição do IGP-M, subiu 0,24% em dezembro, levemente abaixo dos 0,25% de novembro. Apesar da deflação do IGP-M, os preços ao consumidor continuaram em alta moderada, principalmente em serviços e habitação.

Algumas categorias de despesa desaceleraram, como saúde, vestuário, alimentação e comunicação. Por outro lado, habitação, educação, recreação e transportes registraram aceleração, mantendo a pressão nos custos para as famílias.

Custo da construção e INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10%, subiu 0,21% em dezembro, desacelerando em relação a novembro. No acumulado de 12 meses, avançou 6,01%, puxado principalmente pelos custos de mão de obra e serviços na construção civil.

Impacto nos aluguéis

Apesar da queda de 1,05% do IGP-M, isso não garante necessariamente redução no preço dos aluguéis. “Nos contratos que utilizam o índice como indexador, o reajuste costuma ocorrer uma vez por ano, com base na variação acumulada dos 12 meses anteriores”, explica o setor.

Na prática, muitos contratos passaram a usar o IPCA como referência, e fatores como oferta e demanda, renegociação de contratos e preços praticados no mercado também influenciam o valor final. Por isso, mesmo com a deflação do IGP-M, os aluguéis podem continuar estáveis ou até subir.

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