A diretora-presidente do Grupo Frameport, Maria Fernanda Francio Parisotto, conversou com a reportagem da RBV Rádios sobre os desafios à frente da empresa, as iniciativas voltadas aos colaboradores e o momento de transição após o falecimento de seu pai, Augusto Francio.
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Entre os projetos citados está o Café com a Presidente, ação criada para aproximar a gestão dos funcionários, apresentar investimentos futuros e ouvir sugestões e queixas diretamente de quem atua no dia a dia da produção.
Com 23 anos de atuação no RH da empresa, Maria Fernanda conta que sempre teve contato direto com as equipes, mas percebeu que, após assumir a presidência, já não conhecia muitos colaboradores. “Isso me incomodou bastante. Então pensei em um projeto que nos aproximasse de novo”, explicou. A iniciativa já chegou à 18ª turma e pretende contemplar mais de mil funcionários.
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O encontro, inicialmente planejado para uma hora, hoje ultrapassa duas horas devido à participação ativa dos colaboradores, que relatam necessidades e apresentam ideias vindas da prática diária nas máquinas e esteiras. Segundo ela, muitas questões não chegariam à presidência sem esse canal direto.
Essa aproximação tem refletido em índices positivos na empresa. A rotatividade dificilmente passa de 1% ao mês, e o absenteísmo também permanece muito baixo para o segmento e o porte do grupo. Maria Fernanda destaca ainda que várias famílias possuem mais de um integrante trabalhando na Frameport, demonstrando o ambiente de estabilidade e confiança.
Outro destaque é o Projeto Pescar, considerado pela presidente como um “xodó” da empresa. Já são 23 turmas formadas e uma nova cerimônia acontecendo neste 27 de novembro. O programa tem garantido oportunidades a adolescentes, muitos dos quais iniciam carreira como jovens aprendizes e acabam efetivados. Há casos de ex-alunos que se tornaram engenheiros e até professores universitários. “A empregabilidade passa de 90%. Para muitas empresas, ter feito o Projeto Pescar é um ponto positivo no currículo”, afirma.
Maria Fernanda relembrou também a parceria e os ensinamentos do pai, especialmente sobre serenidade em momentos difíceis, competência que tem sido essencial diante da crise nas exportações e da responsabilidade de conduzir a empresa após sua morte.
Ela agradeceu o apoio dos colaboradores, que foram fundamentais na continuidade da gestão.
“Eles vinham aqui dizer: ‘Estamos juntos com você’. Me abraçaram, e isso deu ânimo para continuar”, relatou.
A união interna fez com que, nos meses seguintes ao falecimento de Augusto Francio, a empresa alcançasse recordes históricos de produção, mostrando o comprometimento das equipes e a força do legado deixado por ele. “Foi emocionante. Não tivemos aquele impacto negativo de troca de gestão que costuma acontecer. Conseguimos estabilidade”, destacou a diretora-presidente do Grupo Frameport.







