O pacote tarifário imposto pelo governo dos Estados Unidos a produtos importados do Brasil, em vigor desde o dia 6 de agosto, já impacta direta e indiretamente centenas de micro e pequenas empresas catarinenses.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
Segundo o Observatório de Negócios do Sebrae/SC, 23% das empresas que exportam diretamente para os EUA serão atingidas, além de pequenos negócios que fornecem insumos ou prestam serviços a médias e grandes exportadoras. Atualmente, os EUA representam o maior parceiro comercial de Santa Catarina, responsáveis por 15% de toda a mercadoria exportada pelo Estado.
Em termos financeiros, os setores mais afetados devem ser os da construção civil, especialmente fabricantes de portas e janelas, e o de madeira. Na sequência, estão empresas de motores e geradores elétricos, móveis e mobiliários, além de alimentos.
Veja também
Geração Z é o público que mais cresce nas negociações de dívidas
Daniel Tenconi assume superintendência do SESI Santa Catarina
Diante do cenário, o gerente de competitividade do Sebrae/SC, Roberto Tavares, destacou a importância de diversificação e inovação. “O Sebrae/SC preparou uma série de medidas que buscam garantir apoio técnico aos empresários, que vão desde orientação para acesso ao crédito e novos mercados, até o estímulo à inovação, com o objetivo de que essas empresas sobrevivam às consequências dessa taxação e fortaleçam sua participação em políticas de desenvolvimento econômico de longo prazo”, explicou.
Entre as ações oferecidas, estão programas como o PEIEX, em parceria com a ApexBrasil, que orienta empresas a adaptar produtos e estratégias para mercados alternativos, incluindo América Latina, Europa e Ásia. Já por meio do Sebraetec, o Sebrae subsidia serviços de tecnologia e inovação, como melhorias de design, desenvolvimento de novos produtos e adequações técnicas a padrões internacionais.
Outro foco é o acesso ao crédito. “Apoiamos os empresários na busca de linhas de financiamento específicas para mitigar os efeitos da retração das exportações. Além disso, atuamos junto a instituições financeiras para facilitar o crédito com garantias reduzidas, por meio do programa FAMPE (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas), que pode ser crucial para negócios com dificuldade de garantias reais”, ressaltou Tavares.
As empresas também são incentivadas a realizar diagnósticos estratégicos para simular cenários de perda de mercados e recalcular custos e margens, com apoio de consultorias especializadas do Sebrae/SC.
Empresários impactados pelo tarifaço podem buscar apoio por meio do e-mail aceleraglobal@sc.sebrae.com.br.